Uma lesão no tornozelo deixou Neymar fora dos gramados por mais de cinco meses (Foto/Renoit Tessier)
Após não sair do banco de reservas durante a derrota por 2 a 1 para a Inter de Milão, na terça-feira, Neymar disse ao jornal francês "L'Équipe" que não sabia quando voltaria a jogar. Dois dias depois, nesta quinta, ele voltou. Recuperado de uma lesão no tornozelo que o deixou fora dos gramados por mais de cinco meses, o atacante brasileiro fez dois gols e deu uma assistência na vitória por 3 a 0 do Paris Saint-Germain sobre o Jeonbuk Hyundai, da Coreia do Sul, em amistoso que encerrou a turnê do time francês pela Ásia.
Antes de desembarcar na cidade sul-coreana de Busan, local do jogo desta quinta, o PSG passou pouco mais de uma semana no Japão, onde, além de perder para a Internazionale, empatou sem gols com o Al Nassr de Cristiano Ronaldo e perdeu por 3 a 2 para o anfitrião Cerezo Osaka. Neymar não jogou nenhuma dessas partidas e frustrou os torcedores japoneses que queriam vê-lo em campo.
O atacante de 30 anos se reapresentou ao PSG no meio de julho, após as férias, ainda envolto em dúvidas sobre suas condições físicas, pois teve de passar por uma cirurgia em razão da lesão no tornozelo sofrida em 19 de fevereiro, em partida contra o Lille. A ausência nos três jogos de pré-temporada aumentaram a intensidade desses questionamentos, mas, no duelo com o Jeonbuk, ele não só começou jogando como foi o único jogador, ao lado do zagueiro Danilo Pereira, a não ser substituído pelo técnico Luis Enrique.
Acostumado a formar um estrelado trio de ataque ao lado de Kylian Mbappé e Lionel Messi, Neymar não teve nenhum dos dois ao seu lado na Coreia do Sul. Messi, seu amigo de longa data, se despediu do PSG ao fim da temporada e está desfilando seu futebol com a camisa do Inter Miami, dos Estados Unidos. Mbappé, por sua vez, tem dado dor de cabeça ao clube por sua vontade de se transferir - ao que tudo indica, para o Real Madrid - e sequer viajou para a turnê asiática.
Neymar teve a companhia de Mbappé em campo, mas não de Kylian e sim do meio-campista Ethan, de apenas 17 anos, irmão mais novo do astro francês. Em seu primeiro gol, marcado aos 40 minutos, o brasileiro mostrou sua reconhecida habilidade para ludibriar o defensor com um belo drible, abrindo espaço para chutar da entrada da área e acertar o canto do goleiro.
A rede só voltou a balançar na parte final do segundo tempo, aos 38 minutos, quando Neymar recebeu uma ótima bola de Fabián Ruiz e ficou livre para marcar o segundo gol parisiense. Depois, foi protagonista de uma parceria que pode render bom frutos ao PSG nesta temporada, ao receber de Asensio na entrada da área e devolver de calcanhar para o espanhol, contratado nesta janela de transferências após deixar o Real Madrid, marcar um golaço.
Com a expectativa de ter Neymar em sua melhor forma para esta 2023/2024, após uma série de lesões, o PSG encerrou sua turnê pela Ásia. Agora, se prepara para a estreia no Campeonato Francês, em duelo com o Lorient, dia 12 de agosto.
Após eliminação, Pia Sundhage retorna para a Suécia em silêncio e com futuro incerto na seleção
Tida por muitos como uma das principais responsáveis pela eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo feminina de 2023, a treinadora sueca Pia Sundhage deixou o hotel em que a seleção brasileira estava hospedada na Austrália, uma das sedes do Mundial, na madrugada desta quinta-feira, dia 3. A técnica de 63 anos não conversou com a imprensa e saiu do local em completo silêncio.
Acompanhada por sua comissão técnica, Pia foi a primeira integrante da delegação a sair da Austrália. As demais jogadoras devem ir embora do país entre sexta-feira e domingo em um voo fretado pela CBF. A logística ainda está sendo acertada pela confederação. Pia retornará para a Suécia, onde deve descansar após o vexame histórico sofrido pela seleção. É a primeira vez desde 1995 que o Brasil fica fora de uma fase de grupos de uma Copa do Mundo.
O futuro da sueca no comando da equipe brasileira é incerto. Em entrevista coletiva após o empate contra a Jamaica, a treinadora foi sucinta e apontou para o óbvio: seu contrato termina em agosto do ano que vem após os Jogos Olímpicos de Paris, para a qual o Brasil já está classificado.
O presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, no entanto, ainda não confirmou a permanência da treinadora e pretende "esfriar a cabeça" antes de tomar qualquer decisão. Em nota divulgada a imprensa, o cartola afirmou que, apesar do resultado decepcionante, o investimento no futebol feminino não irá diminuir.
"Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF na minha gestão de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar este investimento. Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar", disse Rodrigues.
No comando da seleção brasileira, Pia Sundhage soma 34 vitórias, 13 empates e 10 derrotas em 57 jogos disputados. Foram 139 gols marcados e 42 sofridos.