NA LEMBRANÇA

O Brasil que não saiu da Ásia: lembranças do Penta seguem vivas após 23 anos

Publicado em 14/10/2025 às 08:22
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Fachada do estádio de Yokohama, no Japão, onde o Brasil conquistou o pentacampeonato em 2002 (Foto/Wikipedia)

Passadas mais de duas décadas, o Brasil pentacampeão do mundo continua vivo na memória de japoneses e sul-coreanos. Monumentos, museus e histórias contadas por torcedores locais mantêm acesa a lembrança da conquista liderada por Luiz Felipe Scolari, Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.

A seleção brasileira está novamente em solo asiático para uma série de amistosos, revivendo o cenário da glória conquistada em 2002. A reportagem visitou os estádios de Yokohama, no Japão, e Seul, na Coreia do Sul — os dois palcos centrais daquele Mundial — e encontrou referências diretas ao título brasileiro.

No estádio de Yokohama, palco da final vencida por 2 a 0 contra a Alemanha, o visitante é recebido por um monumento com os nomes dos atletas e detalhes da partida. Ali estão eternizados o pé de Cafu, capitão da seleção, e a mão do goleiro alemão Oliver Kahn, símbolo do duelo decisivo. Dentro do estádio, vitrines exibem fotos, painéis e objetos que remetem à equipe que conquistou o mundo com gols de Ronaldo.

Durante o tour, uma das guias, Tomoko, que trabalhou como voluntária na Copa, recorda a festa brasileira. “Quando Ronaldo marcou o primeiro gol, o estádio inteiro vibrou. Eu nunca tinha visto nada igual. Os torcedores brasileiros dançavam samba nas ruas, com roupas coloridas, parecia um Carnaval. Foi mágico”, lembra ela, emocionada.

Na Coreia do Sul, o sentimento é semelhante. O estádio Copa do Mundo de Seul, que sediou a abertura do torneio, abriga hoje um museu dedicado àquela edição. Entre relíquias e lembranças da surpreendente campanha coreana até o quarto lugar, há espaço reservado para o Brasil: um painel mostra Ronaldo e Ronaldinho beijando a taça dourada.

Mesmo sem ter jogado em Seul, a seleção de Scolari permanece como referência para os torcedores locais. “Eu gosto muito do Brasil atual, com Vinícius Júnior, Rodrygo e Estevão, mas o time de 2002 era mágico. Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Cafu, Roberto Carlos... jogavam com alegria”, comenta um fã sul-coreano.

A volta da seleção ao continente asiático reforça o carinho que permanece. Na sexta-feira, o Brasil goleou a Coreia do Sul por 5 a 0, e nesta terça enfrenta o Japão, em Tóquio, no estádio Ajinomoto, em mais um teste para a Copa de 2026.

Yokohama também guarda outras alegrias brasileiras. Foi lá que o país conquistou o ouro olímpico em 2021, ao vencer a Espanha por 2 a 1 na prorrogação. E o estádio, hoje chamado Nissan Stadium, é lembrado por títulos mundiais de clubes brasileiros: São Paulo em 2005, Internacional em 2006 e Corinthians em 2012 — todos vencendo potências europeias por 1 a 0.

As camisas autografadas de Rogério Ceni, Mineiro, Adriano Gabiru e Paolo Guerrero seguem expostas no local, como prova de que, mesmo longe de casa, o futebol brasileiro tem morada permanente no coração do Japão.

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