Igor Jesus está pronto para fazer história no Botafogo (Foto/Vitor Silva/Botafogo)
Rio de Janeiro, RJ, 29 (AFI) – O Botafogo está muito perto de fazer ainda mais história. Depois de retornar às semifinais da Copa Libertadores da América após 31 anos, está praticamente garantido na primeira final de sua história. Nesta quarta-feira, às 21h30, visita o Peñarol, do Uruguai, no Estádio Centenário.
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POLÊMICA
Antes mesmo da partida, houve polêmica e a própria Conmebol precisou intervir. Por conta da confusão generalizada antes do jogo de ida, no Rio, que terminou com ônibus incendiado e vários presos, o governo uruguaio determinou que a partida de volta fosse realizada apenas com a torcida do Peñarol.
Rapidamente, o Botafogo acionou Conmebol e Itamaraty para resolver a questão. A entidade que comanda o futebol sul-americano enviou ofício ao Peñarol exigindo o fim do veto aos brasileiros sob pena de o jogo ser realizado com portões fechados ou ter seu estádio alterado.
BOTAFOGO
Com o 5 a 0 construído no Rio, o Botafogo pode perder por até quatro gols de diferença para avançar no tempo normal. Se perder por cinco gols, a decisão vai para os pênaltis.
O Botafogo só chegou às semifinais da Libertadores duas vezes, em 1963 e 1973. Na primeira, caiu para o Santos. Na segunda, a fase semifinal teve dois grupos com três times cada e o time carioca ficou atrás de Colo-Colo, do Chile, e Cerro Porteño, do Paraguai.
Nesta edição, o Botafogo não começou bem. Depois de perder o título brasileiro na última temporada, ficou fora até mesmo do G-4 e precisou disputar as fases preliminares. Conseguiu passar por Aurora, da Bolívia, e Red Bull Bragantino.
Na fase de grupos, passou apenas em segundo lugar com dez pontos, atrás do Junior Barranquilla, da Colômbia. No mata-mata, porém, eliminou Palmeiras e São Paulo antes de pegar o Peñarol.
QUEM JOGA?
Mesmo com tamanha vantagem, a ideia do técnico Artur Jorge é não dar margem para o azar e escalar força máxima. Entretanto, há um ponto de preocupação. Nada menos do que cinco jogadores titulares estão pendurados e, se levarem mais um cartão amarelo, ficarão fora do primeiro jogo da final.
São eles: o goleiro John, o zagueiro Alexander Barboza, o volante Gregore, e os atacantes Luiz Henrique e Igor Jesus. Barboza e Gregore preocupam um pouco mais por terem posições mais defensivas. Adryelson e Danilo Barbosa, respectivamente, são opções.
Artur Jorge reforçou o desejo de ganhar Libertadores e Brasileirão, mas elogiou o coletivo, sem descartar mudanças.
“Temos a vantagem, mas não podemos nunca priorizar o que quer que seja. Temos um elenco com bons jogadores, com um coletivo muito forte, temos muitas funções boas. Nós vamos tentar que todos se sintam úteis para atacar todos os campeonatos”, garantiu.
PEÑAROL
Se o Botafogo ainda busca sua primeira final, o Peñarol, por outro lado, já tem cinco taças, sendo o terceiro maior campeão, atrás dos argentinos Independiente (7) e Boca Juniors (6). Entretanto, o último título uruguaio foi em 1987, ou seja, há 37 anos.
A última vez que chegou às semifinais foi em 2011, quando foi vice-campeão, perdendo para o Santos de Neymar. Para chegar às semifinais, passou por The Strongest, da Bolívia, e Flamengo no mata-mata.
O técnico Diego Aguirre tentará mudar o ânimo do time e não deve fazer muitas alterações na escalação. Mesmo após a goleada de 5 a 0, a torcida presente no Nilton Santos aplaudiu o feito do time de chegar às semifinais. A única possível mudança noticiada pela imprensa uruguaia está no ataque, com a entrada de Leonardo Sequeira na vaga de Jaime Báez.
PEÑAROL (URU) - Aguerre; Milans, Javier Méndez, Guzmán Rodríguez e Maxi Olivera; Damián García, Rodrigo Pérez, Darias e Leo Fernández;
Jaime Báez (Leonardo Sequeira) e Maxi Silvera.
Técnico: Diego Aguirre
BOTAFOGO - John; Vitinho, Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles;
Gregore (Danilo Barbosa), Marlon Freitas e Almada; Luiz Henrique, Igor Jesus e Savarino.
Técnico: Artur Jorge