
Chefe de arbitragem da Fifa Pierluigi Collina, propõe VAR para escanteios e revisão de expulsões por segundo amarelo (Foto/Arquivo)
A Copa do Mundo de 2026 pode marcar o início de uma nova fase na atuação do VAR. Pierluigi Collina, chefe de arbitragem da Fifa, revelou que pretende ampliar o campo de intervenção da ferramenta e já prepara duas propostas que serão apresentadas ao IFAB, órgão responsável pelas regras do futebol, em reunião marcada para março.
A primeira mudança mira um dos lances mais frequentes do jogo: o escanteio. Collina defende que o VAR possa revisar a marcação do tiro de canto sempre que houver dúvida clara sobre o último toque na bola. Segundo ele, a própria dinâmica da jogada — com zagueiros demorando alguns segundos para se posicionar na área — oferece tempo suficiente para uma checagem rápida, evitando erros que possam influenciar diretamente o desenvolvimento da jogada.
O ex-árbitro também critica a limitação atual do VAR em relação ao segundo cartão amarelo. Pela regra vigente, não é possível revisar uma expulsão resultante de duas advertências, mesmo que a segunda seja claramente equivocada. Collina considera isso uma falha do protocolo e defende que a tecnologia seja autorizada a corrigir esse tipo de erro, que pode mudar o rumo de uma partida.
Além das sugestões, Collina destacou que a equipe de arbitragem trabalha para reduzir o tempo das checagens, lembrando que a demora em algumas decisões muitas vezes é fruto da percepção acelerada em campo — e não necessariamente de indecisão ou erro dos árbitros.
Se aprovadas, as mudanças já valerão no Mundial de 2026, que será disputado entre 11 de junho e 19 de julho em Estados Unidos, Canadá e México. A expectativa é que o torneio inaugure uma versão mais eficiente e abrangente do uso da tecnologia no futebol.