Jose Humberto Morais, presidente do Nacional Futebol Clube, concedeu entrevista exclusiva à reportagem do Jornal da Manha e Rádio JM/Difusora. Há quase quatro anos no cargo, ele fala do atual processo na Justiça movido contra o time alvinegro e demonstra preocupação com a falta de recursos financeiros. Cobra também o apoio das empresas privadas da cidade. Quanto à prestação de contas, o presidente revela que entregou o caso ao departamento jurídico. “A gente nunca escondeu as prestações de contas do clube. Quando o torcedor me cobrou, passei tudo na íntegra para a imprensa. Não vou discutir com três ou quatro torcedores. Está entregue ao departamento jurídico. Não perdemos prazo, já respondemos dentro do determinado pela Justiça”, revela. O presidente também falou das dificuldades do clube. “Estamos levando da forma que pode. Nossos recursos estão muito pequenos, ainda temos contas a apagar de atletas do ano passado. Estamos esperando um repasse da prefeitura de 30 mil reais. Saiu até o momento 20 mil, num total de 50 mil. Mas a gente sabe das dificuldades financeiras dos órgãos públicos”, completa. Questionado sobre o gramado do Estádio JK, o presidente revela que todos os campos da cidade estão em condições ruins. Segundo ele, o clube deveria trocar o gramado, já que hoje não se usa mais campos com grama boiadeira para a prática de futebol. “O grande problema é o custo, hoje estamos tendo dificuldades de pagar contas trabalhistas e judiciais. Vamos deixar do jeito que ’tá, assim que tiver condições faremos a troca. Vamos sanar primeiro os problemas que podem atrapalhar o clube neste momento”, revela. 2010. Sobre o próximo ano, o presidente disse que está buscando recursos para colocar o time de volta na 2ª divisão do futebol mineiro, mas também admitiu deixar o cargo. “O primeiro objetivo é sanar as dívidas para entrar no próximo ano limpo. A terceira divisão é no segundo semestre. Tomara que apareça alguém para puxar frente no Nacional. É muito desgastante, já tive problemas com a Justiça. Você acaba perdendo o ânimo e a cobrança é muito grande. A família acaba ouvindo inverdades sobre o nome da gente. Eu torço para que apareça alguém para cuidar do Nacional. Mas se não aparecer, vamos fazer um trabalho dentro da medida do possível”, conclui.