Principal nome da vitória do Brasil sobre a Irlanda, terça-feira, em Londres, no último amistoso da seleção antes da estreia na Copa da África do Sul, o atacante Robinho, do Santos, foi o primeiro jogador a desembarcar no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na manhã de ontem. O camisa 11 falou rapidamente sobre sua participação decisiva no jogo, mas negou que a boa atuação tenha lhe garantido um lugar na lista dos 23 atletas que serão convocados para o Mundial pelo técnico Dunga, no próximo dia 10 de maio. "Não será esse jogo que vai me garantir ou garantir nada. O que garantirá é o trabalho na Copa América, na Copa das Confederações e nas Eliminatórias", argumentou o atleta, que teve bom desempenho nas três competições citadas. "Mas foi bom ter atuado bem no último jogo. Deixou-me bastante feliz", emendou o 'Rei das Pedaladas', jogador que mais atuou sob o comando de Dunga. Apesar de não se garantir no quarteto ofensivo que o treinador da seleção levará para a África, Robinho recebeu uma série de elogios de Dunga. O ex-volante aprovou a volta do atleta ao futebol brasileiro e, de leve, ironizou aqueles que o criticavam quando convocava Robinho em sua época de Manchester City. "A gente sabe do potencial do Robinho e voltar ao Brasil foi bom para ele e para nós também, pois deu ritmo e alegria", ponderou, para, na sequência, cutucar: "O engraçado é que, quando estava no Manchester, todo mundo questionava o Robinho na seleção. Bastou pegar o avião e ele melhorou? Depois falam que sou irônico, mas essa é a verdade", concluiu. Calado. O atacante Adriano, do Flamengo, desceu mal-humorado do voo de Londres e passou sem dar entrevistas. "Não vou falar no Rio (de Janeiro), então também não falarei aqui. Com licença", pediu, antes de embarcar para a Cidade Maravilhosa. O lateral-esquerdo Gilberto, do Cruzeiro, e o meia Kléberson, companheiro de Adriano no Flamengo, sequer passaram pelo saguão de desembarque, fazendo as conexões para os voos com destino às suas cidades pela parte interna do aeroporto.