CADEIA

Torcedor que jogou cabeça de porco em Corinthians x Palmeiras é condenado à prisão

Publicado em 19/08/2025 às 08:23
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A decisão marca um precedente importante na repressão a atos violentos em partidas de futebol (Foto/Redes Sociais)

A decisão marca um precedente importante na repressão a atos violentos em partidas de futebol (Foto/Redes Sociais)

A Justiça de São Paulo condenou Osni Fernando Luiz a um ano de prisão em regime semiaberto e multa pela cabeça de porco arremessada na Neo Química Arena, em jogo entre Corinthians e Palmeiras, em 2024.

A decisão foi publicada pelo juiz Fabricio Realizia, do Foro Central Criminal da Barra Funda. Ele ressaltou que investigações cibernéticas da Polícia Civil identificaram o perfil de Osni no Instagram, onde ele publicou a cabeça de porco em um “story”, afirmando que todos veriam o que aconteceria durante a partida.

Após ser localizado, Osni foi levado à delegacia, confirmou ser o dono do perfil e admitiu ter comprado a cabeça de porco no Mercadão da Lapa. Ele também declarou ter arremessado o objeto no estádio sozinho, sem combinar com outros torcedores.

Em interrogatório posterior, no entanto, o réu mudou sua versão, alegando que comprou a cabeça apenas para fotografar e assar antes do jogo. Segundo ele, não se lembrava do vídeo publicado na rede social e não teria dado o objeto a ninguém, deixando-o sobre a mesa onde preparava o churrasco.

Durante o jogo, o atacante Yuri Alberto chutou a cabeça de porco, e a partida precisou ser paralisada para que o objeto fosse retirado do campo.

O juiz destacou que tal conduta não representa rivalidade esportiva saudável, mas sim um ato de incitação à violência entre torcidas, capaz de gerar tumultos em eventos esportivos futuros.

“É necessária a contenção de condutas como a praticada pelo réu, pois afastam outros torcedores e famílias, que deixam de frequentar estádios e acompanhar o futebol, patrimônio cultural brasileiro, por delitos como este”, afirmou a sentença.

Apesar da condenação, Osni poderá recorrer em liberdade.

O juiz determinou que, após o trânsito em julgado, o nome do réu seja incluído no rol dos culpados e que a condenação seja comunicada ao Tribunal Regional Eleitoral.

A decisão marca um precedente importante na repressão a atos violentos em partidas de futebol, reforçando que comportamentos que ameaçam a segurança dos torcedores serão penalizados pela Justiça.

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