CLIMA

2025 deve entrar para o ranking dos anos mais quentes da história, alerta observatório

Publicado em 09/12/2025 às 08:59Atualizado em 09/12/2025 às 09:38
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O ano de 2025 tem grandes chances de se tornar o segundo ou terceiro mais quente já registrado, segundo o observatório climático Copernicus, da União Europeia. Dados divulgados nesta terça-feira (9) mostram que a temperatura média global de janeiro a novembro ficou 1,48°C acima dos níveis pré-industriais, o mesmo patamar de 2023, até agora o segundo ano mais quente, atrás apenas de 2024.

O mês de novembro também se destacou: foi o terceiro mais quente da série histórica, 1,54°C acima da era pré-industrial. Com isso, a média de aquecimento entre 2023 e 2025 deve ultrapassar 1,5°C, o limite considerado mais seguro para evitar impactos severos das mudanças climáticas. Caso se confirme, será a primeira vez que esse patamar é rompido de forma contínua ao longo de três anos.

Segundo Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, os números evidenciam o avanço acelerado da crise climática. “A única forma de conter o aumento futuro das temperaturas é reduzir rapidamente as emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.

O recorde atual pertence a 2024, que registrou aquecimento de 1,6°C e se tornou o primeiro ano a ultrapassar a meta central do Acordo de Paris. O tratado, que completa 10 anos nesta sexta (12), chega a essa marca em meio ao avanço constante das emissões de dióxido de carbono, que devem atingir novo pico em 2025.

O relatório do Copernicus também aponta extremos climáticos ao redor do mundo. O norte do Canadá, o Ártico e a Antártida tiveram aumentos expressivos de temperatura, enquanto o nordeste da Rússia registrou frio acima da média. O hemisfério norte viveu o terceiro outono mais quente já documentado; na Europa, o aquecimento foi ainda maior, resultando no quarto outono mais quente da história.

Nos oceanos, a temperatura média global em novembro ficou em 20,42°C, o quarto maior valor já registrado. Regiões como o mar da Noruega e o mar de Coral, na Austrália, bateram recordes de calor, embora a atuação do fenômeno La Niña tenha ajudado a frear parte do aquecimento no Pacífico.

O estudo também destaca secas severas em áreas como o sul do Brasil, norte do México, sul dos Estados Unidos e porções da Ásia. As regiões polares seguem em alerta: a cobertura de gelo no Ártico ficou 12% abaixo da média em novembro, a segunda menor já registrada para o mês. Na Antártida, a redução foi de 7%, também entre as menores da série histórica.

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