Prefeito Anderson Adauto (PMDB) ganhou mais prazo na ação referente à prática de caixa dois em 2002. Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MG) decidiria ontem se acataria ou não denúncia do Ministério Público, porém julgamento foi adiado devido a atestado médico apresentado pela defesa de AA. Por enquanto, não há previsão de nova data para apreciação do processo.
A assessoria de imprensa do TRE informou durante a sessão que o advogado de defesa entregou pedido de transferência do julgamento e um atestado médico, alegando que o prefeito não poderia comparecer porque estava com problemas de saúde.
O juiz relator Benjamim Rabello aceitou o documento e adiou a decisão sobre o processo pela 4ª vez. Em janeiro, o magistrado teve a mesma atitude porque AA não foi intimado para a sessão marcada no mês passado. Ele justificou que a medida era de cautela, para evitar impasses na tramitação futuramente.
Apesar do atestado médico por problema de saúde, Anderson deu expediente normal no Centro Administrativo. Em reunião para apresentar as ações de combate à dengue, o prefeito manifestou que estava com problemas intestinais, porém isso não o impediu de participar da cerimônia de entrega das chaves ao Rei Momo, conceder entrevista à imprensa à tarde ou até de inaugurar, à noite, a ampliação de escola e creche no Residencial 2000. Além disso, o prefeito manifestou nas datas anteriores que não tinha intenção de acompanhar as sessões.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Anderson omitiu R$ 410 mil na prestação de contas. Ele teria confessado a irregularidade nas contas em depoimento prestado em novembro de 2005 à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), criada pelo Congresso para apurar o caso do mensalão.