A aprovação do texto-base do Ficha Limpa terça-feira, na Câmara dos Deputados, não trouxe tranquilidade aos parlamentares da região, que defendem a aprovação da matéria na íntegra. A atenção estava voltada para a plenária de ontem, com a discussão de 12 destaques inseridos na pauta.
Por volta de 21h, a reportagem acionou os deputados Paulo Piau (PMDB) e Marcos Montes (DEM), mas a discussão tinha apenas iniciado. Aos destaques que poderiam descaracterizar o projeto, os federais prometeram votos contrários.
Aprovado por 388 votos, o texto-base impede a candidatura de pessoas condenadas por decisão colegiada da Justiça em crimes graves como homicídio, tráfico de drogas, abuso do poder econômico e prática de caixa dois.
A principal novidade em relação ao texto inicial proposto pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) é a possibilidade de o candidato apresentar recurso com efeito suspensivo da decisão da Justiça. A candidatura poderá ser permitida, mas em contrapartida acelera a tramitação do processo, tendo em vista que o recurso deverá ser julgado com prioridade pelo colegiado que o receber.
Os deputados Marcos Montes (DEM) e Paulo Piau (PMDB) votaram favoráveis à aprovação do texto-base. O republicano Aelton Freitas não participou da votação em Brasília.