Ver a Amazônia de perto e de dentro da floresta. A proposta de um “museu vivo” para a maior reserva de biodiversidade
Ver a Amazônia de perto e de dentro da floresta. A proposta de um “museu vivo” para a maior reserva de biodiversidade do planeta está perto de ganhar uma sede em Manaus (AM). Criado em janeiro, o Museu da Amazônia (Musa) deve começar a ser instalado em espaço permanente em março de 2010, numa área de 10 mil metros quadrados de verde amazônico.
Na semana anterior, o Musa realizou sua primeira exposição, durante a 61° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Numa mostra do que virá com a instalação definitiva, o museu exibiu imagens, histórias e personagens da flora e fauna da região. Alguns pouco conhecidos, como achados arqueológicos que revelam a existência de comunidades há nove mil anos na área do Encontro das Águas, conhecido fenômeno em que, por alguns quilômetros, os rios Negro e Solimões correm lado a lado, sem se misturar.
O museu será instalado na Reserva Ducke, área do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Segundo o coordenador do museu, Ennio Candotti, a ideia é construir trilhas e até passarelas suspensas entre as árvores, para que os visitantes possam ver de perto o acervo vivo, desde formigueiros até ninhos de pássaros nas copas mais altas. Aquários gigantes também estão no projeto e serão as vitrines para a vida de espécies de peixes e mamíferos aquáticos. Para a primeira fase de implantação do Musa, já estão garantidos R$12 milhões, investidos pelo governo do Amazonas.