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Ampliar capacidade de armazenagem é urgente, alertam especialistas

Publicado em 29/04/2023 às 10:14
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Armazenamento de grãos (Foto/Divulgação)

Armazenamento de grãos (Foto/Divulgação)

 Não basta investir no modal ferroviário. É preciso buscar a ampliação da capacidade de armazenamento de grãos. É o que diz o ex-secretário municipal de Agricultura José Humberto Guimarães, criador do revolucionário projeto de arrendamento de terras, que trouxe vários produtores do Sul do país para desbravar as terras de chapadão em Uberaba na década de 1980.

Considerado uma das maiores autoridades do agro brasileiro na atualidade, José Humberto ressalta que Uberlândia saiu na frente de Uberaba, quando, lá atrás, assegurou grande capacidade de armazenamento de grãos junto à Conab. Hoje a cidade vizinha conta com armazéns que podem receber 1,4 milhão de toneladas de grãos, enquanto Uberaba tem capacidade para armazenar apenas pouco mais de 400 mil toneladas.

Embora Uberlândia não produza grãos como Uberaba, acaba recebendo a nossa produção em seus armazéns e faturando com isso. Por essa razão, José Humberto defende a necessidade de Uberaba buscar novos investimentos no setor de armazéns, de modo a ampliar sua capacidade de recepcionar a produção agrícola até seu embarque rumo ao porto de Santos para exportação.

José Humberto Guimarães, um dos grandes especialistas em Agronegócio (Foto/Divulgação)

José Humberto Guimarães, um dos grandes especialistas em Agronegócio (Foto/Divulgação)

“É preciso trabalhar pela ampliação dos armazéns da Conab. Afinal, a produção de grãos é o grande negócio de Uberaba” – frisa José Humberto.

 Nos últimos anos, o Brasil tem ocupado lugar de grande projeção no cenário mundial graças às exportações do agronegócio, em especial da excepcional produção de grãos. Mas a sua capacidade de armazenamento ainda carece de investimentos mais robustos.

De acordo com o consultor Pedro Henrique, em sua página no Linkedin, o grande problema são as falhas nos processos de armazenagem e a baixa capacidade de estocagem.

“As perdas mundiais no pós-colheita podem atingir 30% da produção agrícola. No Brasil, as perdas entre a colheita e o armazenamento chegam a 20% e os prejuízos de qualidade e quantidade ocorrem, principalmente, pela presença de contaminantes de natureza biológica, física e química nas fases de pré e pós-colheita dos grãos, o que afeta cerca de 10% da produção nacional” – frisa.

Pedro Henrique destaca que “um dos benefícios do armazenamento correto da produção é dispor de grãos para serem comercializados em melhores períodos, evitando as pressões naturais do mercado na época da colheita.

Isso eleva a capacidade de negociação, na medida em que se pode optar por adiar a venda para negociar um melhor preço”. Diante de um cenário altamente favorável às exportações de commodities, o Brasil precisa priorizar os investimentos na sua capacidade de armazenagem, seja através da Conab ou de empreendimentos do setor privado, alertam os especialistas no assunto.  

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