O senador Carlos Viana (Podemos) está consciente e não deve ser submetido a radioterapia e quimioterapia. A informação foi confirmada pela equipe que acompanha o parlamentar mineiro no tratamento de um câncer de estômago, descoberto em março deste ano.
“Definitivamente não precisa. O máximo que ele pode precisar é de um tratamento (com medicação) oral. Vamos aguardar os resultados dos exames e a avaliação imunohistoquímica da lesão que foi retirada”, destaca o doutor Roberto Fonseca, oncologista do hospital Orizonti, na capital mineira, onde Carlos Viana está internado.
O senador foi submetido a uma cirurgia na manhã deste sábado (6/12) e a avaliação dos médicos sobre o procedimento foi bastante positiva. “A lesão era grande e macroscopicamente conseguimos retirar tudo. A parte cirúrgica foi resolvida”, disse o doutor Mario Gissoni de Carvalho, que fez parte da equipe cirúrgica que operou o senador.
De acordo com o boletim médico divulgado após a operação, Viana está na CTI, onde deve aguardar em observação pelas próximas 48 horas. “Ele já está extubado, conversando, eu tenho a impressão que doido para voltar para a CPMI”, disse o doutor Roberto Fonseca.
Carlos Viana irá continuar o tratamento contra o câncer com a equipe oncológica que acompanha o senador em Brasília, chefiada pelo oncologista Lucianno Henrique Pereira dos Santos.
Cirurgia
O político mineiro está à frente da presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no INSS e precisará de aproximadamente 45 dias de descanso das atividades para recuperação.
O procedimento iniciado por volta das 7 horas no Hospital Orizonti, em Belo Horizonte, foi concluído às 10h15. O parlamentar foi encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas está consciente, estável e fora de risco. O tumor teria sido retirado completamente antes que gerasse aderências e complicações, informou um interlocutor próximo ao Viana.
Viana aguardou o intervalo da CPMI do INSS para realizar a cirurgia, como informou na sessão de quinta-feira (4/12), última antes da suspensão.
"Os médicos me recomendaram realizar a cirurgia há aproximadamente 90 dias", afirmou. "Tomei a decisão de concluir os trabalhos deste ano antes de entrar no centro cirúrgico. Fiz isso amparado por um acompanhamento médico rigoroso e, principalmente, pela minha fé", acrescentou.
Pré-candidato à reeleição, Carlos Viana recebeu o diagnóstico quando, durante exames de rotina, médicos identificaram um tumor na parte externa do estômago — trata-se de um Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST). Ele chegou a ser internado em 16 de março no DF Star, em Brasília, e permaneceu hospitalizado até 22 de março. A alta veio no dia do aniversário de 62 anos dele.
Nos últimos meses, Viana se submeteu a uma quimioterapia oral, e a retirada cirúrgica do tumor é parte do tratamento indicado para ele. "Desde então, venho fazendo quimioterapia oral, e graças a Deus o tratamento tem funcionado muito bem. O tumor foi sendo controlado ao longo desses meses e chegou ao ponto em que resta apenas a parte que precisa ser retirada cirurgicamente para encerrar definitivamente essa fase", esclareceu.
Fonte: O Tempo