Líder classista entende que Uberaba não foge da realidade nacional e salienta que muitos dos crimes...
Em Sergipe, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu o direito de uma empresa em consultar o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) antes de contratar seus funcionários. Em Uberaba, o presidente da Câmara de Dirigente Lojista entende com naturalidade a posição da empresa. O caso ganhou repercussão nacional quando, por meio de uma denúncia anônima ao Ministério Público, a rede de lojas G. Barbosa Comercial Ltda, de Aracaju, passou a adotar como critério de seleção a consulta ao SPC e outros órgãos, como polícia e o Judiciário. Segundo a empresa, esta medida leva em conta a conduta individual à qual o candidato estaria submetido ao ocupar o cargo. Para o Ministério Público, a postura da empresa era discriminatória e havia um dano moral coletivo.
Segundo o presidente da CDL, Fúlvio Ferreira, as empresas devem ter cautela em diversas situações, dentre as quais a questão da criminalidade. Ele entende que Uberaba não foge da realidade nacional e salienta que muitos dos crimes praticados são de informações privilegiadas. “São de pessoas de dentro das empresas. O empresário deve ter zelo na hora de contratar, pois, por ventura, ele pode trazer para dentro da sua loja um inimigo, um informante para o crime”, observa Fúlvio.
Ele comenta que, há pouco tempo, em uma empresa de construção civil, um funcionário atuava como “olheiro”. “Ficou provado que ele observava a movimentação das residências em torno da laje do prédio em edificação. Do segundo andar, ele observava para favorecer o crime”, lembra o presidente da CDL, acrescentando que as pessoas de bem não vão se sentir incomodadas. “Quanto mais informações pudermos pegar das pessoas, será melhor. As pessoas vão se sentir mais valorizadas”, destaca.