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Cometa que vai cruzar o céu após 50 milhões de ano poderá ser visto em Minas

Já era possível ver o cometa desde o fim de janeiro, mas a partir de domingo (5 de fevereiro) ele estará ainda mais visível no Estado mineiro

O Tempo
Publicado em 02/02/2023 às 17:55
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Cometa poderá ser visto a olho nu (Foto/Mitsunori Tsumura)

Cometa poderá ser visto a olho nu (Foto/Mitsunori Tsumura)

Um cometa recém descoberto pela Nasa vai cruzar o céu após 50 mil anos e poderá ser visto em Minas Gerais. Ele já podia ser visto desde o fim de janeiro, mas, a partir de domingo (5 de fevereiro), ele estará mais visível no Estado mineiro. 

O cometa verde C/2023 E3 poderá ser visto a olho nu até o fim do mês, mas usar equipamentos que auxiliam na visualização pode ajudar. Além de escolher locais mais escuros e longe dos centros urbanos. “No dia 5 de fevereiro estaremos com a lua cheia e como o cometa é uma luz de brilho fraco, a intensidade da lua atrapalha a visão. Antes da lua nascer, ela nasce por volta de 20h30, ainda dá tempo de ver o cometa”, explica o professor Gabriel Hikel da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), no Sul de Minas.

Entre os dias 9 e 10 de fevereiro, a universidade vai disponibilizar telescópios para melhor visualização do cometa. "Astrofotógrafos tem feito belas imagens, com a cauda estendendo-se por quase 10 graus no céu. A coma do cometa mostra um tom azul-esverdeado. Esta coloração advém da emissão (reprocessamento) das moléculas de C2 e do grupo CN (cianeto), presentes nos gases da coma. Cometas não tem brilho próprio, de modo que a luz que vemos deles é a luz do Sol refletida, difundida e reprocessada; no gás e poeira da coma e da cauda. Assim, o 'brilho' de um cometa depende de três fatores: distância ao Sol (quanto mais perto, melhor), distância à Terra (quanto mais perto, melhor) e da taxa com que o cometa perde gás e poeira", complementa o professor. 

Mas o que são cometas?

"Cometas são pequenos corpos (poucos quilômetros de dimensão) gelados, formados por um amálgama de gelos (principalmente de água), grãos de poeira e pequenas rochas. De modo geral, cometas ocupam regiões remotas do Sistema Solar, muito além dos planetas. Perturbações gravitacionais diversas podem agir sobre os cometas, fazendo com que alterem suas órbitas e passem pelo Sistema Solar interior, mais próximo do Sol. Quando um cometa se aproxima do Sol, é aquecido e o gelo que o compõe passa direto do estado sólido para o estado gasoso (sublimação). O Cometa C/2022 E3 (ZTF) é um desses corpos gelados que vêm da parte mais externa do Sistema Solar, a Nuvem de Oort. Sua órbita é altamente alongada e inclinada", detalha o especialista. 

Fonte: O Tempo

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