Ao todo, até 31 de dezembro, no estado, o setor deve movimentar R$ 22 bilhões a partir do consumo das famílias
Os mineiros devem gastar, até o final de 2024, mais de R$ 8,5 bilhões na compra de celulares. A cifra consta em um estudo do IPC Maps, divulgado nesta terça-feira (19), sobre o mercado de telecomunicações no Brasil. Ao todo, até 31 de dezembro, no estado, o setor deve movimentar R$ 22 bilhões a partir do consumo das famílias.
O valor representa um crescimento de 8,9% em comparação a 2023, índice que fica acima da média de expansão nacional, calculada em 8,1%. O cálculo do IPC Maps considera despesas com compra de aparelhos, manutenção de telefonia fixa e móvel e aquisição de acessórios, pacotes de TV, telefone e internet.
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Em Minas, os gastos para adquirir novos celulares é seguido pela aquisição de pacotes de telefonia, TV a cabo e internet, que devem somar R$ 6,3 bilhões. A manutenção e aquisição de acessórios para celular devem contabilizar um consumo de R$ 5,6 bilhões. Por fim, os mineiros ainda devem gastar R$ 1,4 bilhões com telefonia fixa.
“Hoje é muito comum você encontrar as pessoas com mais celulares, as pessoas tem dois celulares, então a tendência realmente é que as despesas cresçam ainda mais”, atestou Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo. A pesquisa mostra que o maior gasto será nas chamadas classes B, C, D e E.
Neste público, de acordo com Pazzini, foi identificado um ticket de compra mais alto, atrelado a aparelhos mais novos. “Há uma necessidade de estar sempre conectado e, de repente, esses gastos para essas pessoas não é em qualquer celular”, complementou.
Crescimento no Brasil
A nível nacional, cerca de R$ 225,8 bilhões serão gastos com telecomunicações até o final de 2024. Com estes valores, o setor deve registrar um acréscimo de 8,4% em relação ao ano passado, quando movimentou cerca de R$ 208,4 bilhões. Na liderança do ranking nacional, só o estado de São Paulo responderá por quase R$ 69,7 bilhões dos gastos, porém é o Distrito Federal que, na comparação com o ano passado, contabilizará a maior alta — de 27,5% — na movimentação do setor, resultando em mais de R$ 5,7 bilhões desembolsados pelas famílias.
Marcos Pazzini detalhou que a expansão observada ainda é reflexo da pandemia da Covid-19 e das alterações propostas no mercado de trabalho com o home office e trabalho híbrido. “Muita gente ainda está trabalhando em casa e às vezes ainda não tem um aparelho de celular condizente, uma internet adequada em casa. Isso faz com que esse segmento deve demandar ainda mais do consumidor nos próximos anos”, arrematou.
Fonte: O Tempo.