De 2003 ao primeiro trimestre de 2011, o número de pessoas ocupadas com mais de 50 anos aumentou 56,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual supera o crescimento médio do total da população ocupada (19,8%) e, em Uberaba, a situação também é vista em diferentes setores, especialmente na indústria.
Segundo Altamir Roso, presidente da Fiemg Regional Vale do Rio Grande, a experiência é priorizada, especialmente, nas empresas que utilizam tecnologia de ponta.
“Em fábricas, cujas produções são mais sofisticadas e/ou trabalhadas, a exigência é maior e apenas quem tem mais tempo de trabalho nestas áreas está habilitado a fazer esse tipo de serviço. Quem está chegando ao mercado de trabalho agora não vai aprender a fazer essas atividades de uma hora para outra”, analisa.
“E o emprego da tecnologia requer experiência e responsabilidade, características muitas vezes vistas em quem tem acima de 50 anos de idade”, complementa.
Outro ponto destacado por Altamir é o treinamento. “Quando é necessária a mão-de-obra especializada, as indústrias preferem utilizar aqueles que já executaram a função exigida, seja na própria empresa ou em outra, pois já estão treinados. Neste caso, mais uma vez, o alvo costuma ser o funcionário com idade mais avançada”, observa.
Altamir aponta a ampliação de unidade industrial ligada à produção de fertilizantes, na região, como uma das que mais buscam, atualmente, trabalhadores de faixa etária mais avançada. “Nesta área e em outras que aplicam o alto nível tecnológico, o objetivo é ter resultados rápidos. Não dá para esperar a qualificação dos empregados em determinadas funções”, conclui.