INVESTIGAÇÃO

Diretor da PF diz que investigação sobre atos do 8/1 deve ser concluída até o fim de novembro

Em coletiva, Andrei Rodrigues também defendeu revisão da legislação para evitar ‘prende e solta’ de criminosos

Agência Brasil
Publicado em 01/11/2024 às 16:43
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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira (1º) que a investigação sobre os atos de vandalismos no dia 8 de janeiro de 2022 em Brasília deverá ser concluída até o fim de novembro. Ele defendeu a importância de respeitar o curso e o prazo da investigação. 

“Olha, a investigação, como eu sempre disse, tem o seu curso e seu prazo. É necessário que a gente cumpra a tarefa com o nosso trinômio básico: autonomia da equipe de investigação, qualidade da prova e responsabilidade”, disse, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira.

“A equipe tem trabalhado ao longo do tempo com essas premissas e tem a expectativa de ainda neste mês de novembro concluir todas as investigações que existem a respeito dos ataques à nossa democracia”, acrescentou Rodrigues. 

Dos mais de 2 mil presos em flagrante e nas operações desencadeadas pela Polícia Federal em um ano e 10 meses, mais de 200 já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar diretamente, estimular, planejar ou financiar os atos de 8 de janeiro de 2023.

Diretor da PF também defende mudanças na lei para evitar 'prende e solta'

O diretor-geral da PF também comentou sobre a necessidade de revisar a legislação atual sobre audiências de custódia. Ele defendeu a revisão para evitar o "prende e solta" de criminosos habituais. A prática foi bastante criticada durante a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores, na quinta-feira (31), para apresentar a PEC da Segurança Pública.  

“Acho que é senso comum que precisamos encontrar mecanismos de melhoria na nossa legislação, de forma permanente. No caso das audiências de custódia, uma grande reclamação não é só dos governadores, mas da sociedade em geral: o famoso 'prende e solta'. Existem casos de pessoas presas vinte, trinta vezes – e, em um caso estadual, até trinta e cinco vezes. A pessoa é presa, solta imediatamente e volta a cometer crimes. Então entendemos necessário que se estabeleça um lastro legal para evitar esse tipo de situação. Isso é um consenso geral e também nossa posição institucional”, disse. 

No entanto, Andrei Rodrigues destacou que não se pode perder o equilíbrio entre a proteção social e os direitos do indivíduo. 

A coletiva aconteceu após uma cerimônia no hangar da PF, no aeroporto de Brasília, em que foi assinado um acordo para aluguel de dois helicópteros que serão usados em ações de combate a crimes ambientais na Amazônia.

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