Em debate por meio de notas, PT e embaixada falam de ataque na faixa de Gaza e responsabilização de ataques
O PT reagiu após a Embaixada de Israel no Brasil divulgar, nesta terça-feira (17), uma nota em que afirma ser “muito lamentável o PT, um partido que defende os direitos humanos", comparar a atuação do governo israelense com a do grupo extremista Hamas. O diretório nacional do partido diz que é “totalmente falsa e maliciosa a interpretação” feita pela embaixada de Israel.
Ao rebater o órgão que representa Israel no Brasil, a sigla citou até mesmo o bombardeio a um hospital em Gaza na tarde desta terça-feira que deixou centenas de mortos. Israel nega ter feito o ataque: “Quem representa no Brasil o governo que fez um ataque desta natureza não tem autoridade moral para falar em direitos humanos”.
A agremiação ainda afirma que é um “ataque injustificável a um partido que ao longo de sua história abriga militantes palestinos, árabes e judeus e defende a coexistência dos Estados de Israel e da Palestina”. O texto foi assinado pela presidente nacional da sigla, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e pelo secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira.
A ofensiva veio após a embaixada dizer, na manhã desta terça-feira, que era “lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos.”
O PT reafirmou que havia condenado, em nota anterior, “os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel”. E advertiu que a retaliação do governo de Israel configura “um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, como o corte de água potável, energia, alimentos e remédios, além de bombardeios contra a população civil.
Fonte: O Tempo