Mulheres com histórico de calotes moram há três meses no Mc Donald's do RJ (Foto/Google Street View)
Duas mulheres de 64 e 31 anos estão chamando a atenção no Rio de Janeiro por morarem, há três meses, dentro McDonald's do Leblon, bairro nobre da capital fluminense. Moradores afirmam que mãe e filha, de 64 e 31 anos, estão no local desde o Carnaval.
Segundo revelado pela rádio CBN, as mulheres circulam na rede de fast-food com cinco malas grandes, onde guardam todos os pertences. A rotina das duas varia de acordo com o horário de funcionamento da unidade. De 10h às 05h, quando a loja está aberta, mãe e filha ficam na parte de dentro do McDonald's e consomem os alimentos do local. No período que a loja fecha, as duas aguardam do lado de fora.
O que chama atenção de quem passa pelo local é que as mulheres estão sempre limpas, bem vestidas e usam celulares. Elas também têm dinheiro para comprar os sanduíches enquanto permanecem no estabelecimento e outros produtos em comércios da região.
A CBN também levantou que as mulheres já tiveram problemas e foram despejadas de imóveis no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro por não pagarem o aluguel. No Sul, elas foram condenadas pelo Tribunal de Justiça por calote de quatro meses em uma dívida de quase R$ 10 mil. No Rio de Janeiro, existem três dívidas nos nomes das duas. Em uma delas, a Justiça determinou o despejo, por acumularem déficit de R$ 13.252,36.
Em entrevista ao jornal O DIA, as mulheres negaram que estão há três meses morando na rede de fast-food e se mostraram surpresas com a exposição:
"Eu acho que o que gerou curiosidade foi a inveja. Se fosse uma pessoa de pele morena, se fosse uma pessoa de pouca roupa, com pouca mala, não teria despertado curiosidade. Se eu não fosse loira e atraente não teria despertado curiosidade" disparou a filha de 31 anos.
Ela não quis dar detalhes sobre os motivos que a levaram a essa situação:
"A situação é que eu não devo satisfação. Não estou aqui desde o Carnaval. Eu trabalhei depois. Eu conseguiria esclarecer, mas não quero. Quem continuar com essas histórias que são incabíveis, quem continuar investigando a vida alheia, vai ter processo criminal e danos na área cível" afirmou ao portal O DIA.
Fonte: O Tempo