Considerado um dos principais desafios do início da vida adulta, o exame de direção veicular é um divisor de águas para os candidatos. Uns sentem extremo nervosismo, enquanto outros assumem uma postura de autoconfiança exemplar e não têm dificuldade para a aprovação. Fato é que a reprovação no teste final segue como um tema sensível para quem quer ser habilitado para dirigir.
Em entrevista exclusiva à Rádio JM, a especialista e dona da autoescola Ferrare, Magna Mello, listou algumas dicas para os candidatos mais nervosos. O principal, conforme Magna, é evitar os cochichos entre concorrentes.
“Há mais de 20 anos eu dou aula e o conselho para o aluno é o mesmo: na hora do exame, evitar ficar próximo de outros candidatos. Acontece que um deles é reprovado e comenta com outro. E o nosso candidato fica interessado e pergunta sobre a prova e os pontos de erro. O ideal é evitar conversar. Trazemos os candidatos para o nosso lado, falamos para evitar ficar ouvindo. Isso traz nervosismo. A gente pede que faça o que aprendeu nas aulas, apenas”, considera a especialista.
Ela reforça que não há um padrão de teste. Os examinadores usam do bom senso na hora de exigir as técnicas de direção, mas nunca são as mesmas. Então um candidato pode ter passado por uma sequência totalmente diferente de outro, e isso é fundamental para manter a mente limpa e livre.
Ao contrário do imaginário popular, Magna Mello informa que a baliza não é o principal motivo de reprovação. Pelo contrário, é possível observar candidatos que priorizam a baliza e acabam errando em princípios básicos.
“A baliza é o mais fácil. Tem os pontos que a gente ensina. É uma junção daquilo que aprendeu tudo. Primeiro precisa saber desenvolver os processos antes da baliza. Às vezes o candidato passa na baliza, mas perde nas setas, controle de embreagem, coisas que fazem parte do processo de aprender a dirigir”, reforça a especialista.