Fábrica de produtos Coca-Cola é interditada por suspeita de contaminação

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a suspensão temporária das operações de uma fábrica de bebidas no Ceará. A medida, de caráter preventivo, foi tomada em conjunto com a Solar Bebidas — segunda maior fabricante de produtos da Coca-Cola no Brasil — após a identificação de um possível vazamento no sistema de resfriamento da linha de produção.

Durante uma inspeção de rotina, fiscais do Mapa identificaram que houve contato entre bebidas em processo de produção e o líquido do sistema de resfriamento. A suspeita é de que esse incidente possa ter causado a presença de álcool alimentício em um dos lotes.

Em entrevista coletiva, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tranquilizou a população: “Não há qualquer risco de que produtos contaminados tenham chegado ao mercado. O lote suspeito está devidamente isolado.” Em tom bem-humorado, o ministro comentou: “Se tiver etanol alimentício, vai virar uma cuba libre”.

Até o momento, não há confirmação de contaminação. Contudo, como precaução, cerca de 9 milhões de litros de bebidas estão retidos para análise laboratorial. A medida garante que todos os produtos só serão liberados para venda após completa verificação de sua segurança para o consumo.

Apesar de o álcool alimentício não ser tóxico nem representar um alto risco à saúde, seu uso é proibido na fabricação de refrigerantes, conforme as normas sanitárias vigentes.

A suspensão das atividades deve durar apenas até a conclusão das correções técnicas e da eliminação total de qualquer risco. Segundo nota oficial, a retomada da produção pode ocorrer ainda nesta quarta-feira.