Termina amanhã o IPI reduzido do setor de móveis, mas as lojas não registram aumento de vendas. Diferente do que acontece com os carros, o desconto de 5% nos móveis não motiva os compradores. Ariane Carvalho, coordenadora de vendas de uma loja de móveis planejados, explica que, neste mês, houve um aumento de 20% nas vendas, mas que o aquecimento em março é normal. Em outra loja de móveis, segundo a gerente Nara Rocha, houve crescimento em relação ao ano anterior, mas nada muito significativo. Ela acredita que, como a diferença de preços das mercadorias sem o desconto e com este não é muito grande, as pessoas não vão se precipitar em comprar móveis e contrair dívidas. O IPI dos móveis subirá a partir de 1º de abril, mas ficará menor que o cobrado antes. Sem a redução no imposto, a taxa era de 10%. A partir de quinta-feira, passará a valer a nova alíquota, de 5%. Veículos. Já as concessionárias de automóveis esperam esgotar os estoques nesta última semana de IPI reduzido. Durante todo este mês, as lojas de carros registraram aumento nas vendas, mas nesses últimos dias de IPI reduzido a procura tem surpreendido. O vendedor Otávio Costa diz que, ontem, o movimento foi excepcional. “Os vendedores tiveram que atender mais de um cliente ao mesmo tempo. Está muito bom.” Em outra concessionária, o gerente de vendas Fabrício Lombardi é mais comedido. Ele conta que o mês de março foi excelente, com um aumento de 20% nas vendas e que nesta última semana ele espera uma procura maior, mas nada exagerado. Os dois vendedores dizem que alguns modelos já estão esgotados e que não há mais tanta opção. Os pedidos feitos para as fábricas até o dia 31 ainda terão o desconto. Depois disso, o aumento de preço dos automóveis pode chegar a 11%.