Pagamento ao INSS dos contribuintes individuais, facultativos e donas de casa de baixa renda sobre um salário mínimo muda a partir desta quinta-feira (15/6)
Agência do INSS em Uberaba (Foto/Arquivo JM)
O pagamento da contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) dos contribuintes individuais, facultativos e donas de casa de baixa renda sobre um salário mínimo muda a partir desta quinta-feira (15), data de vencimento da GPS (Guia de Pagamento da Previdência Social) de junho, referente ao mês de maio. O motivo da alteração é o aumento do salário mínimo, que em 1º de maio, Dia do Trabalho, subiu para R$ 1.320. O valor anterior era de R$ 1.302. O aumento, de 8,91% em relação ao mínimo de 2022, que estava em R$ 1.212, ficou 2,98% acima da inflação, calculada em 5,93% segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE, para 2022.
A partir desta quinta e até que haja um novo reajuste no mínimo o que costuma ocorrer todo início de ano as contribuições mensais dos autônomos sobre o piso nacional serão de R$ 145,20 ou R$ 264, dependendo da alíquota de contribuição do profissional. Donas de casa de baixa renda pagam R$ 66. A alíquota do INSS pode ser de 5%, 11% ou 20%, dependendo do plano de Previdência Social e das regras nas quais se enquadram os profissionais.
Autônomos que contribuem com 20% sobre o mínimo têm direito de se aposentar por idade ou tempo de contribuição. Já os trabalhadores que pagam o plano simplificado, de 11%, só conseguem a aposentadoria por idade. Donas de casa de baixa renda contribuem com 5% do salário mínimo, e também têm acesso apenas à aposentadoria por idade. Há, no entanto, outros benefícios garantidos a essa categoria, assim como no plano simplificado do INSS.
Contribuintes facultativos, que também podem pagar sobre 11% do salário mínimo, são aqueles que estão desempregados, como estudantes, por exemplo, ou profissionais que perderam o emprego e não estão prestando serviços a pessoas jurídicas. Já os autônomos donos de empresa devem pagar a contribuição ao INSS no dia 20 de junho sobre 20% e, neste caso, também haverá mudança do valor, que será de R$ 264 a partir deste mês.
TRABALHADOR COM CARTEIRA ASSINADA TAMBÉM TEM NOVOS DESCONTOS DE INSS
Trabalhadores registrados sobre o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) passaram a ter o novo desconto da contribuição ao INSS também neste mês. Embora o novo salário mínimo tenham começado a valer em maio, o novo desconto ocorre a partir de junho. Servidores públicos também tiveram alteração na contribuição previdenciária.
Com a mudança, alterou-se ainda a tabela de contribuição previdenciária, que é progressiva e tem alíquota mínima de 7,5% e máxima de 14% sobre os vencimentos para quem é celetista. Servidores públicos têm com alíquotas acima dos 14%. (CRISTIANE GERCINA/Folhapress)
VEJA COMO FICA NOVA TABELA DE DESCONTOS DO INSS PARA A CLT
VEJA A NOVA TABELA DE DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS PARA SERVIDORES PÚBLICOS:
CONTRIBUIÇÃO DO MEI
Os profissionais que têm registro como MEI (Microempreendedor Individual) também pagam valores diferentes, de acordo com a atividade exercida. A contribuição maior deve ser paga no dia 20 deste mês. Com o reajuste do salário mínimo, a base do MEI sobe para R$ 66 por mês, equivalente a 5% do salário mínimo, e cada atividade tem um adicional conforme a área de atuação.
Quem atua no comércio, indústria e serviço de transporte soma R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e, portanto, passa a pagar R$ 67. Já os MEIs que trabalham com serviços em geral acrescentam R$ 5 de ISS (Imposto sobre Serviços), o que eleva a taxa para R$ 71. Que atua nos dois setores tem a cobrança dos dois impostos e passará a gastar R$ 72 por mês.
Para o MEI caminhoneiro, que faz o transporte autônomo de cargas, a base de cálculo é feita sobre 12% do salário mínimo. Portanto, o valor sobe para R$ 158,40, além dos acréscimos de ISS e/ou ICMS, conforme a sua classificação, que depende das especificações da carga e da abrangência do território em que viaja.
CONTRIBUIÇÃO DO MEI A PARTIR DE JUNHO
TIPO DE ATIVIDADE - INSS (em R$) - TAXA POR ATIVIDADE (em R$) - TOTAL (em R$)
Fonte: O Tempo