Senador eleito pelo Rio de Janeiro em 2018, Flávio Bolsonaro é o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto/Senado Federal do Brasil)
BRASÍLIA - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, continua sendo o nome escolhido pela família para disputar as eleições de 2026. “Nosso plano A é Jair Bolsonaro. Nosso plano B é seguir o plano A”, declarou o filho mais velho do ex-presidente.
A um ano da eleição presidencial, o xadrez político da direita segue indefinido. Bolsonaro tem adiado ao máximo a escolha de um substituto, por avaliar que antecipar esse movimento, enquanto ainda tenta reverter sua inelegibilidade, equivaleria a assinar um atestado de morte política.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro já estava inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico. Antes do novo julgamento, o prazo de inelegibilidade ia até 2030, mas foi ampliado com a decisão do STF. Nascido em março de 1955, ele tem 70 anos.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defende que o sucessor do pai seja alguém do próprio clã, mas mantém desavenças com Michelle Bolsonaro, um dos nomes cotados. Ele permanece nos Estados Unidos e vê seu mandato e sua situação jurídica ameaçados no Brasil. Ainda assim, tenta articular sua própria candidatura ao Palácio do Planalto.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal nome da direita para herdar o capital político do ex-presidente, tem reiterado a intenção de disputar a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes. O governador de São Paulo visitou Bolsonaro em prisão domiciliar e, embora conte com o apoio de líderes do centrão, enfrenta resistência da ala mais ideológica do bolsonarismo.
Outros governadores de direita também tentam viabilizar seus nomes para a disputa presidencial, entre eles Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR). Este último disputa internamente a pré-candidatura com Eduardo Leite (PSD-RS). Por enquanto, porém, nenhum conseguiu consolidar um projeto nacional.
Enquanto a direita ainda enfrenta indefinições, do outro lado do tabuleiro a esquerda tem em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o nome favorito para disputar a reeleição. Pesquisas recentes indicam um leve avanço na popularidade do petista desde o início do tarifaço imposto por Donald Trump.
Os brasileiros irão às urnas em 4 de outubro de 2026 para escolher o próximo presidente da República, além de governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Caso haja segundo turno, a votação será realizada em 25 de outubro.
Fonte/O Tempo