Ministro da Educação comemorou aumento na participação no Enem de alunos que estão concluindo o Ensino Médio
Ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que segundo dia de prova do Enem 2024 não teve ocorrências graves (Foto/Reprodução/MEC)
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou na noite deste domingo (10) que o gabarito do Enem 2024 será antecipado para a próxima semana. Inicialmente, a divulgação do gabarito estava prevista para o dia 20 de novembro. A declaração foi dada durante entrevista coletiva após a conclusão das provas. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Manuel Palácios, também participou da coletiva.
Camilo Santana ressaltou o aumento na participação no Enem de alunos que estão concluindo o Ensino Médio, que passou de 58%, em 2023 para 94%, em 2024. Ele atribuiu o resultado ao programa Pé de Meia, que paga uma “mesada” a estudantes do ensino médio e que prevê uma parcela extra para os que realizaram os dois dias de prova do Enem.
Outro dado apresentado é que o segundo dia de provas teve 30,6% de abstenção. No primeiro dia, 73,4% dos inscritos compareceram à prova, enquanto no segundo dia, a presença foi 69,4% dos inscritos. Ao todo, 4.325.960 de estudantes inscritos fizeram a segunda etapa do Enem.
Uma novidade estudada para o ano de 2025 é que o Enem servirá como certificado de conclusão do Ensino Médio. O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), no entanto, será mantido para quem está no ensino médio. Outra possibilidade que será estudada pelo Inep é a convergência do Enem com o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
O ministro da Educação destacou que as propostas ainda serão discutidas com as redes de educação estaduais e municipais.
Ministro não comenta corte de gastos
O ministro não quis comentar sobre o pacote de corte de gastos que deve ser anunciado nesta semana pelo governo federal. O Ministério da Educação deve ser um dos afetados. “Quem fala sobre isso é o ministro da Fazenda ou o presidente da República”, disse.
Uma medida avaliada é mudar os pisos de gastos em Educação. Pela Constituição, os governos são obrigados a gastar com Educação 18% da receita líquida de impostos. A ideia inicial era limitar o crescimento a 2,5% acima da inflação, índice previsto no arcabouço fiscal.
Fonte: O Tempo