Para usar o aplicativo, a pessoa deverá cadastrar os dados em uma página na internet a ser divulgada pelo governo federal (Foto/Reprodução)
O governo federal lança nesta terça-feira (19) o aplicativo Celular Seguro, que permite o bloqueio de linhas telefônicas e do próprio aparelho de telefone móvel em casos de roubo e furto. Com isso, a vítima desses crimes poderá bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques.
Segundo o governo federal, a ferramenta estará disponível na internet, além de aplicativos para Android e iOS. O registro do usuário será feito com a mesma conta utilizada no gov.br. Cada pessoa cadastrada, deve indicar pessoas de confiança, que poderão efetuar os bloqueios da linha telefônica, caso o titular tenha o celular roubado ou furtado.
O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estarão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo, uma vez que variam conforme as políticas de cada instituição. A partir de fevereiro, as empresas de telefonia também passarão a efetuar o corte das linhas.
Contudo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) alerta que a denúncia na plataforma não substitui o Boletim de Ocorrência (BO) que deve ser feito perante às autoridades policiais competentes, operadoras de telefonia, bancos e demais participantes do projeto.
“Caso você seja roubado, é só acionar o sistema por um computador que operadora telefônica e bancos são notificados no mesmo instante, bloqueando acessos”, explicou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, em postagem nas redes sociais.
A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Uma medida importante para diminuir a dor de cabeça e as perdas financeiras de quem passa por furto ou roubo. Amanhã já estará disponível nas lojas de aplicativos”, completou o ministro.
De acordo com o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, os celulares roubados serão transformados “num pedaço de metal inútil” após o bloqueio. “Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, anunciou.
Veja perguntas e respostas sobre o programa
O que é o Celular Seguro? A partir do site e do aplicativo, o cidadão pode efetuar o bloqueio de seu aparelho e acesso a aplicativos de internet banking em caso de roubo, furto ou extravio. Para isso, é preciso cadastrar seu telefone e os dados de pessoas de confiança na ferramenta. Para se registrar, é preciso estar cadastrado no gov.br.
Como funciona o aplicativo? O primeiro passo para o usuário é ter um cadastro ativo no gov.br para acessar o site ou o aplicativo, disponível para Android e iOS. No caso de roubo, furto ou extravio, basta entrar na ferramenta e comunicar o caso para que instituições e empresas participantes do projeto possam tomar as providências necessárias para o bloqueio do celular e a suspensão de serviços digitais.
Fiz a denúncia, e agora? Quando o usuário faz a denúncia, as instituições e empresas participantes do projeto recebem um alerta. O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estarão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo.
Então a denúncia no site ou aplicativo Celular Seguro funciona como um boletim de ocorrência? Não, o registro no aplicativo é exclusivamente para a suspensão dos serviços digitais dos participantes do projeto. Assim, é muito importante que o usuário faça as comunicações perante as autoridades policiais, operadoras de telefonia, bancos e demais participantes do projeto.
Após o bloqueio, em quanto tempo o usuário consegue acessar novamente as contas, por meio de um outro aparelho celular? Cada instituição e empresa participante do projeto tomará as ações pré-definidas. Para a liberação dos serviços, o usuário deverá procurar as empresas onde teve as contas bloqueadas para fazer a nova liberação de acesso, de acordo com a política antifraude de cada instituição.
Fonte: O Tempo