GERAL

Importação de mão-de-obra achata salários

Para sindicalista, também o nível de qualificação profissional está entre os fatores que colaboram para a baixa remuneração

Publicado em 09/08/2011 às 08:23Atualizado em 19/12/2022 às 22:55
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Anúncio do governo federal de redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), inclusive para o setor da construção civil, no sentido de reaquecer a economia, irá contribuir de forma positiva na empregabilidade do país. A falta de mão-de-obra especializada, no entanto, impede maior valorização salarial.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário de Uberaba, José Lacerda Sobrinho, toda e qualquer redução de impostos interfere positivamente, mas não garante melhoria de salários. O fato de a redução da carga tributária resultar em salários mais altos para os trabalhadores pode ser considerado um paradoxo pelo presidente do Sindicato. “Há um nível de empregabilidade, mas não tem se transformado em nível salarial superior, mesmo com a demanda de mão-de-obra.”

Para José Lacerda, os fatores que colaboram para a baixa remuneração são o nível de qualificação profissional, que não é capaz de dar maiores condições de exercício da função, tornando precária a mão-de-obra, e ainda a importação de mão-de-obra, que ocorre em larga escala em Uberaba. “Buscam-se profissionais no norte e nordeste e eles vêm como aprendizes, a um custo mais baixo, puxando para nível salarial não condizente com a função.”

Para tentar amenizar a falta de qualificação profissional, foi assinado nesta semana em Uberaba o Termo de Pactuação Acordo de Resultados entre a Fiemg, Sebrae e Sinduscon sobre o programa Procompi – Programa de Qualidade – do governo federal. A intenção é especializar empresas da construção civil que passarão por treinamento de mão-de-obra e de segurança do trabalho, além do programa de qualidade, durante um ano. Para isso o Sebrae aplica o recurso de R$ 300 mil. Ao final das atividades, é realizada uma auditoria. Caso seja aprovada, a empresa recebe certificado do Ministério das Cidades e do Inmetro.

 

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