INVESTIGAÇÃO

Janones é indiciado pela Polícia Federal por ‘rachadinha’

Deputado mineiro teria cometido corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, segundo os investigadores

O Tempo
Publicado em 12/09/2024 às 16:40
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André Janones é acusado de três crimes pela Polícia Federal, em prática que ficou conhecida como rachadinha, quando o parlamentar toma posse de parte dos salários recebidos por assessores (Foto/Mario Agra/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (12) o deputado federal André Janones (Avante-MG), acusado de se apossar de uma parte da remuneração dos assessores parlamentares da Câmara dos Deputados, prática que ficou conhecida como “rachadinha”.

Segundo o relatório da PF, o parlamentar teria cometido os crimes de peculato, corrupção passiva, e associação criminosa. Um assessor e um ex-assessor também foram indiciados pelos delitos de corrupção passiva e associação criminosa. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. 

Os investigadores consideram que Janones é o “eixo central” de uma organização criminosa, tendo praticado ilegalidades “em todas as etapas, desde o início até o desfecho".

A PF também aponta que um dos assessores do deputado mineiro pagava faturas de cartões de crédito em posse dele, sem ressarcimento por parte de Janones, que teria solicitado o reembolso à Câmara dos Deputados - prática ilegal, como explica o relatório.

"Não fosse o bastante, há ainda indícios do cometimento do delito de peculato (Art. 312, CP) pelo Deputado Federal André Janones, na medida em que, ao solicitar o reembolso de valores – na realidade pagos por Mário – para a Câmara dos Deputados, o parlamentar se apropriou de verba pública parlamentar sem que houvesse despendido o valor para tanto".

Agora, o relatório da Polícia Federal vai para as mãos do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do caso. Ao analisar os documentos, ele vai decidir se acata a denúncia e transforma Janones em réu, se arquiva a investigação ou se solicita à PF novas diligências.

O início da investigação teve como base um áudio em que o parlamentar informa a assessores que alguns deles teriam que devolver parte dos salários para ajudá-lo arcar com prejuízos pessoas que ele relatava ter tido em cammpanhas eleitorais.

Fonte: O Tempo.

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