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Levantamento indica 33 mortes no semestre

Publicado em 03/08/2009 às 10:47Atualizado em 20/12/2022 às 11:24
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Uberaba registra 33 homicídios nos primeiros seis meses de 2009, quase o dobro de casos ocorridos no mesmo período, em 2008. Foram 18 casos registrados no primeiro semestre do ano passado, e 38 no acumulado entre janeiro e dezembro, sendo cinco latrocínios (roubos seguidos de morte). Salvo às devidas proporções, o número de crimes contra a vida em Uberaba não chegam à metade do registrado em Uberlândia até agora – 84 mortes violentas.O levantamento foi realizado ao final de julho pela Delegacia de Homicídios. De acordo com o escrivão Jairo Ferreira de Oliveira, dos 33 crimes contra a vida ocorridos este ano, apenas cinco tiveram os inquéritos concluídos, estando os autores identificados e à disposição da Justiça para julgamento. Pelo menos três acusados, citados nos inquéritos concluídos, estão presos na Penitenciária Regional, entre eles: Cristiano Alves Fernandes, 31 anos, vulgo “Bana”, e seu enteado Douglas Fernando Fatureto, 23. A dupla faz parte da “gangue do Boa Vista” e responde pelo homicídio do estudante Bruno Henrique Moreira, de apenas 16 anos, alvejado com cinco tiros, em fevereiro, no bairro Jardim Eldorado.Outros 17 inquéritos já estão com autores identificados, mas restam diligências e laudos periciais e de necropsias a serem anexados nos documentos para a apresentação à Justiça. Do montante, ainda restam 11 casos em investigação.O principal desafio da Polícia Civil em desvendar os crimes e colocar os assassinos atrás das grades, tem sido levantar provas testemunhais. “As testemunhas, geralmente, não querem falar o que sabem ou o que viram perante o juiz, pois temem represálias por parte dos criminosos. O maior medo é que esses assassinos voltem após cumprir curto período de pena e se vinguem”, explicou o inspetor da Delegacia de Homicídios, Luiz Gonzaga.Para Gonzaga, a principal causa do temor das testemunhas está nas leis fracas que são aplicadas nos processos criminais. Autores de crimes hediondos recebem condenação de 20 anos, por exemplo, e com um terço da pena cumprida já retornam à rua. “É preciso mudar a legislação. Aplicar leis mais severas”, afirma o inspetor.

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