Milagre de Istambul: como o Liverpool virou final contra o Milan em 2005

A Liga dos Campeões da UEFA de 2005, Champions League, ficou marcada pelo Milagre de Istambul. Milan e Liverpool decidiram a competição e o favoritismo era todo dos italianos.

Comandados por Carlo Ancelotti, o time italiano era o líder da liga nacional e chegava embalado, além de contar com nomes como Paolo Maldini, Pirlo, Kaká, Cafu e Seedorf no elenco, um dos melhores do mundo.

Do outro lado, o Liverpool também tinha as suas estrelas, como Xabi Alonso e Gerrard. Com tantos craques, o jogo só poderia ter um desfecho histórico, marcado por muita superação.

Assim como aquela noite foi marcada pela superação, hoje os torcedores também vivem emoções intensas em plataformas com bônus, em que podem testar sua sorte e conhecimento esportivo com segurança e responsabilidade

O jogo

Logo no início da decisão, Paolo Maldini, referência histórica do Milan, mostrou o motivo do favoritismo e abriu o placar ainda no primeiro minuto. A equipe italiana dominava o jogo com naturalidade, e Kaká, em noite inspirada, foi o motor das melhores ações ofensivas.

Em duas arrancadas do brasileiro, o argentino Hernán Crespo colocou a bola mais duas vezes no fundo das redes, decretando 3 a 0 ainda no primeiro tempo e deixando o título nas mãos do Milan.

O empate em seis minutos

Com a desvantagem pesada, o Liverpool voltou do intervalo aparentemente vencido. O título parecia encaminhado para os italianos, mas o futebol reservava um roteiro improvável.

Em apenas seis minutos, os Reds escreveram a final. A reação começou aos 54 minutos, quando Steven Gerrard apareceu na área para cabecear e diminuir. O gol funcionou como faísca.

Dois minutos depois, Vladimír Šmicer acertou um chute de fora da área e transformou o estádio num caldeirão, fazendo 3 a 2. Atordoado, o Milan mal conseguiu reorganizar as linhas e, aos 60 minutos, Xabi Alonso teve a chance do empate, em cobrança de pênalti.

O espanhol até parou em Dida, que defendeu, mas, no rebote, empurrou para o fundo das redes. Estava feito o inacreditável 3 a 3.

Após a igualdade, a partida virou uma briga de nervos. O equilíbrio tomou conta do tempo normal, e a tensão aumentou na prorrogação, em que o placar não saiu do empate, apesar das chances, especialmente uma sequência salva de forma milagrosa por Jerzy Dudek quase no fim.

Disputa de pênaltis

Nos pênaltis, o Milan ainda carregava o favoritismo no papel, já que tinha Dida no gol e batedores consagrados. Só que a noite era de Dudek. Serginho desperdiçou a primeira cobrança, Pirlo viu o polonês defender a sua, e o Liverpool abriu vantagem com Hamann e Cissé convertendo.

Riise parou em Dida, mas Tomasson e Kaká marcaram para os italianos, enquanto Šmicer manteve os Reds firmes.

Na última cobrança do Milan, Andriy Shevchenko precisava marcar para manter a disputa viva. Dudek, porém, voltou a aparecer e defendeu o pênalti decisivo, concretizando o “Milagre de Istambul”.

Como o duelo é lembrado?

O “Milagre de Istambul” é lembrado até os dias de hoje como um exemplo de superação e também de paixão. Mesmo levando 3 a 0 no intervalo, os torcedores do Liverpool entoaram a tradicional canção “You'll Never Walk Alone", na tradução "Você nunca andará sozinho", mostrando apoio aos seus jogadores.

Em campo, o empate em seis minutos também mostrou como o fator psicológico é importante, já que após o gol de Gerrard os ingleses souberam aproveitar o momento de abalo dos italianos para concretizar a igualdade.

O “Milagre de Istambul” também ultrapassou o esporte e se tornou referência em palestras, livros e até campanhas motivacionais, com a narrativa de que é possível um recomeço mesmo em meio às dificuldades.

Dessa forma, inspirou atletas de diversas modalidades, mas também outras pessoas, sendo uma lição de vida.