Evaldo Ferreira da Silva, 55, morreu em Somerville, cidade dos Estados Unidos (Foto/Arquivo Pessoal)
A morte de um mineiro em Somerville, cidade dos Estados Unidos, tem preocupado a família que permaneceu em Belo Horizonte para além do luto. Há quase uma semana da notícia do falecimento, que aconteceu no último sábado (17 de fevereiro), os parentes ainda não sabem o que teria causado a morte nem como farão a despedida de Evaldo Ferreira da Silva, 55. Isso porque o preço estipulado para a autópsia nos EUA é de 14 mil dólares (cerca de R$ 69,8 mil) e o traslado do corpo de volta para o Brasil, de 16 mil dólares (cerca de R$ 80 mil).
O filho mais novo de Evaldo, Jonathan Silva, de 25, abriu uma vaquinha online (acesse clicando AQUI) na esperança de conseguir dar um fim digno ao pai. O seu desespero é conseguir ou trazê-lo de volta para Minas ou, ao menos, cremá-lo. “É, na verdade, um pedido de socorro. Faz cerca de 18 anos que não sinto o abraço do meu pai, pois a situação não permitiu. Mesmo enfrentando todas as dificuldades, ele nunca deixou de nos proporcionar uma vida melhor, por mais simples que fosse”, lamenta. Segundo ele, Evaldo se mudou para os Estados Unidos em busca de melhores condições de vida.
O jovem conta que o pai trabalhava com serviço de construção no estado de Massachusetts, nos EUA. Mesmo distantes, os dois trocavam mensagens e faziam ligações em vídeo. A última notícia que chegou de Evaldo, no entanto, foi na quinta-feira (15). Os dois dias seguintes foram de medo até a confirmação da morte. “Nós acreditamos que ele morreu na noite de sábado para domingo (17 e 18/2). Isso porque o patrão dele disse que viu ele no sábado normalmente”, conta Jonathan.
O corpo do homem foi reconhecido e está sendo cuidado, da forma possível, por familiares por parte de mãe que também se mudaram para os Estados Unidos. Mesmo assim, eles têm poucas informações sobre a situação do corpo de Evaldo e sofrem em não saber como vão pagar todas as contas. “Ficamos chocados e desesperados, especialmente minha mãe, que só conseguia gritar e chorar. O custo da autópsia e do translado é muito alto, é fora da nossa realidade, e nos pegou de surpresa. Nós não somos ricos”, lamentou o rapaz. Ele diz que a família tentou pegar empréstimo, mas estão receosos em gastar o dinheiro que é usado para manter a sua faculdade.
Enquanto a família tenta arrecadar dinheiro para, no mínimo, conseguir cremá-lo, não sabem ao certo se o corpo está sendo preservado. “Minha tia está acompanhando, mas o serviço está sendo desumano. Não sabemos ainda se o corpo do meu pai está congelado ou não. Se não conseguirmos R$ 80 mil, infelizmente, teremos que abrir mão do privilégio de enterrá-lo aqui”, disse Jonathan.
Ajude: vaquinha
Jonathan abriu uma vaquinha online para tentar arrecadar dinheiro para dar um fim digno ao pai. O valor da vaquinha está em R$ 17.500,00, pois era o primeiro valor que o jovem encontrou quando procurou por traslados. Mas, dias depois, soube que o preço seria, na verdade, de cerca de R$ 80 mil. “De qualquer forma, qualquer contribuição, por menor que seja, vai nos ajudar. Em nome de toda a minha família, eu humildemente peço ajuda. Queremos prestar homenagem e, finalmente, abraçá-lo”.
Fonte: O Tempo