(Foto/Ministério de Minas e Energia)
O horário de verão não será implementado em 2024. Nesta quarta-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sepultou a ideia que estava sendo cogitada. Para o próximo ano, a medida será reavaliada.
Silveira, em coletiva de imprensa, expôs dados atualizados do Operador Nacional do Sistema Elétrico sobre a situação energética do país para embasar a decisão.
As discussões sobre o retorno do horário de verão começaram em setembro, quando o Brasil atravessava uma das piores crises hídricas da história e uma seca severa que castigou boa parte do país. O horário diferenciado, aos poucos, foi perdendo força até ser descartado hoje.
“Todos são testemunhas de que eu tive o maior zelo e cuidado em fazer esse debate, tanto com os maiores especialistas do setor elétrico do Brasil quanto com os nossos auxiliares das vinculadas e com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que se reuniu durante dez vezes nos últimos 45 dias para discutir a efetividade e também a imprescindibilidade da decretação do horário de verão. E nós, na última reunião com o ONS, chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão", disse Silveira.
Dados apresentados pelo ONS indicam que os reservatórios estão em situação controlada para atender a demanda até o final deste ano. Além do contexto hídrico, outros fatores pesaram na análise do governo.
De acordo com o ministro, a retomada da política de economia de energia não deixou de ser necessária, porém não é “imprescindível” para 2024. “Diante disso, encaminhei ao CMSE [Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico] a proposição de não adoção do horário de verão para este ano. Já reforçando que a política voltou a ser considerada para a prática em anos posteriores”, informou.