Edgar Soares, coronel da PM que ficou refém por 12 dias (Foto/Reprodução/TV Integração)
O Coronel Edgar Soares, da Polícia Militar de Minas Gerais, faleceu no final da manhã desta quinta-feira (18) aos 80 anos, em Belo Horizonte. A causa da morte foi atribuída a insuficiência coronária e pulmonar. O Coronel Soares estava hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul da capital mineira, há duas semanas. Além de seu legado na corporação, o Coronel Soares foi reconhecido como um dos fundadores da Academia de Letras da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele deixa esposa e quatro filhos.
O velório do Coronel Edgar ocorreu no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, no Salão Topázio, situado no bairro do Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte, nesta sexta-feira, (19). Autoridades, colegas de profissão e admiradores prestaram suas últimas homenagens.
Coronel Edgar Soares ganhou notoriedade em agosto de 1990, quando se tornou protagonista de uma das mais marcantes operações policiais de minas Gerais: o Sequestro da Rua das Margaridas. Na época, uma rebelião eclodiu na Penitenciária de Contagem, onde cinco detentos, liderados por Sebastião Pereira, conhecido como Tiãozinho, tomaram nove reféns, incluindo a capitã Luciene Albuquerque, esposa do Coronel Soares, que estava grávida na época.
Em um ato de coragem, o Coronel Soares se ofereceu como refém em troca da liberdade de sua esposa, permanecendo sob a mira de uma arma de fogo durante 12 dias. A saga se desenrolou com os fugitivos exigindo um veículo para a fuga, seguida por uma perseguição pelas estradas de Minas Gerais.
O desfecho desse episódio ocorreu após 12 dias de tensão, com a intervenção decisiva das forças policiais, culminando na rendição dos insurgentes e na libertação do Coronel Soares.