Morte por suspeita de dengue em 2006 tem audiência hoje

Acontece hoje, às 15h, no Fórum Melo Viana, na sala de audiências da 3ª Vara Cível da Comarca de Uberaba, a primeira audiência sobre a Ação de Danos Morais movida contra o município pelos pais da advogada e jogadora de basquete Andréa Capucci da Silveira morta em 2006, vítima da epidemia de dengue que assolou a cidade naquele ano.

A audiência é inédita na Justiça de Uberaba, uma vez que, esta é a primeira ação movida por parentes de vítimas da dengue, contra a municipalidade. As alegações expressas no processo vão de encontro à falta de leito; falta de política estratégica contra dengue; possível imperícia médica e falta de equipamento básico de atendimento ao cidadão. “São estes quatro pilares que estamos baseando. A médica Renata Dutra, que atendeu a atleta, denunciou tudo isto, que inclusive consta no processo”, afirma a advogada Jaqueline Alves Pinto de Ávila.

A ação foi impetrada em 2006, logo após a morte da atleta. Todos os envolvidos, inclusive o município de Uberaba, foram devidamente intimados para depor, nesta que é a primeira audiência do processo já está com três volumes.

 O caso. A advogada recém-formada e jogadora de basquete, Andréa Capucci morreu no dia 4 de abril de 2006, aos 26 anos, após dar entrada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com parada cardíaca. Desde o dia 30 de abril daquele ano a atleta passou mal e por diversos atendimentos, primeiro em posto de Saúde do bairro Tutunas, quando a médica pediu a internação urgente e a encaminhou para a Unidade de Pronto Atendimento São Benedito, então Camm.

A família denunciou à época que lá indicaram à paciente, Paracetamol, e a mandaram de volta para casa. Porém, devido a complicações da doença, retornou à UPA mais duas vezes até ser encaminhada para o Hospital de Clínicas, mas já com parada respiratória. Exames comprovaram que Andréa Capucci foi a óbito por complicações de dengue na forma clássica.