GERAL

MP tenta aumentar pena de pedófilo

O Caso Verdade levado ao ar pela Rádio JM na tarde de ontem abordou o tema pedofilia, um crime que sempre choca

Hedi Lamar Marques/PMU
Publicado em 18/05/2010 às 00:11Atualizado em 17/12/2022 às 06:18
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O Caso Verdade levado ao ar pela Rádio JM na tarde de ontem abordou o tema pedofilia, um crime que sempre choca a sociedade. As barbaridades cometidas contra crianças e adolescentes deixam todos estarrecidos, mas, infelizmente, não é incomum os noticiários destacarem casos desta natureza.   Em Uberaba, o caso mais conhecido envolveu o ex-chefe de cartório Levi Cançado Lacerda. As suspeitas já existiam, mas faltavam provas para colocar o autor dos crimes na cadeia. Considerado funcionário de confiança do Poder Judiciário, Levi foi preso no dia 8 de abril de 2008, após meses de trabalho de investigação realizado pela Polícia Civil.   Durante este período, os policiais monitoraram o suspeito, que teve várias conversas telefônicas com menores gravadas com autorização da Justiça. Em outras situações as conversas eram com as mães. Levi oferecia dinheiro e presentes às vítimas e suas famílias, que eram sempre de origem humilde.   As investigações foram coordenadas pelo delegado Edson Morais. Ele relembra que utilizaram todos os métodos investigatórios possíveis e conseguiram uma série de provas testemunhais e materiais, que, de maneira clara e evidente, mostraram que Levi praticou diversos delitos sexuais contra várias pessoas.   Após a prisão e a divulgação da imprensa, o número de vítimas que começou a surgir surpreendeu até mesmo os policiais envolvidos na investigação. Ao todo, 21 menores acusaram o ex-chefe de cartório, todos garotos com idades entre 9 e 13 anos. Os relatos dos abusos cometidos revoltaram o delegado.   O promotor Carlos Valera relembrou o trabalho da promotoria no caso e a importante parceria com a Polícia Civil para conseguir provas sobre os crimes cometidos por Levi. Valera comentou, também, a importância da divulgação da prisão pela imprensa, que acabou atraindo outras vítimas e denúncias.   Em todas as oportunidades que teve para falar, seja a polícia ou para a imprensa, Levi se recusou a admitir os crimes, e alegava perseguição.Até o senador Magno Malta, responsável pela CPI da Pedofilia, esteve em Uberaba. Ele se encontrou com o ex-chefe de cartório na penitenciária, porém o preso novamente se recusou a falar sobre o assunto.No dia 28 de janeiro de 2009, Levi foi condenado, em 1ª instância, a 86 anos de prisão, que foram reduzidos para 24 anos, pelos crimes de atentado violento ao pudor, corrupção de menores e por submeter criança ou adolescente à prostituição ou exploração sexual.   O ex-chefe de cartório já tentou reverter a situação, mas até agora todos os pedidos foram negados pela Justiça. Se a condenação for mantida, Levi perderá, além da liberdade, o cargo que ocupava no Fórum da cidade.   O promotor João Davina também recorreu da sentença, porém tentando aumentar a pena. Segundo Valera, o processo ainda não retornou do Tribunal de Justiça de Minas.

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