GERAL

MPF investiga superfaturamento e notas frias no Hospital do Câncer

Ministério Público Federal continua investigando irregularidades na gestão do Hospital Dr. Hélio Angotti, mantido pela Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central (ACCBC)

Thassiana Macedo
Publicado em 08/03/2012 às 09:28Atualizado em 17/12/2022 às 08:48
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Em nota, a atual diretoria, capitaneada pelo médico Délcio Scandiuzzi, garante apoiar a elucidação dos fatos

Ministério Público Federal (MPF) continua investigando irregularidades na gestão do Hospital Dr. Hélio Angotti, mantido pela Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central (ACCBC). Denúncias referem-se à apropriação indevida de recursos públicos por meio do pagamento de notas fiscais frias a empresas existentes ou inexistentes, além de superfaturamento e irregularidades no estoque físico e contábil na gestão de 2002 a 2009. No entanto, o inquérito civil público também apura irregularidades na contratação de empresa por mais de meio milhão de reais em 2010.

Segundo o MPF, o inquérito investiga agora pagamentos à empresa MMS Serviços de Oncologia Ltda. Para o procurador da República Frederico Paiva, a empresa teria como sócia uma funcionária do hospital. “Somente no período de abril/2010 a novembro/2010, a ACCBC efetuou pagamentos à MMS em valores superiores a meio milhão de reais, não obstante a citada sociedade seja principiante no mercado”, afirma Frederico Paiva.

O procurador continua investigando irregularidades referentes à gestão de Odo Adão, quando "a dívida do hospital superava os R$30 milhões". O Ministério Público descobriu que de 2002 a 2009, o hospital pagou notas fiscais frias destinadas a empresas como Carvalhais Consultores Associados, que afirmou não ter prestado serviços à associação. O hospital teria pagado serviços de consultoria da FGA Assessoria e Negócios Ltda., empresa de fachada que tem como sócia administradora a esposa de um dos então administradores do hospital. A esta empresa o hospital teria pago R$313.390 em março de 2009. Segundo o procurador Frederico Paiva outra empresa de consultoria de Duque de Caxias (RJ) também teria recebido mais de R$90 mil.

Gestão 2009/2016. Por meio de nota oficial, o atual presidente da ACCBC e gestor do Hospital Dr. Hélio Angotti, Délcio Scandiuzzi, diz que os fatos investigados se referem à gestão anterior. “A atual Diretoria enviou ao MPF os documentos solicitados e assim continuará a proceder. Por se tratar de fatos relativos a gestões anteriores, a atual Diretoria deixa a cargo da Justiça os esclarecimentos e apoia integralmente a elucidação dos fatos. Sobre pagamentos efetuados à empresa MMS Serviços de Oncologia Ltda., deve-se ressaltar que a citada empresa representou, na verdade, uma economia para a instituição. A MMS congrega três médicos com visíveis competências e tempos de mercado. O montante pago refere-se a 13% do faturamento bruto de quimioterapias e hormonioterapias – R$4,2 milhões – realizadas para o SUS, em atendimentos de segunda a sexta, das 7h da manhã às 18h, além de convênios e quitação de repasses atrasados. O montante pago à pessoa jurídica citada equivaleria a cerca de R$15.330 mensais a cada profissional, valor este condizente com o mercado”, revela a nota.

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