Neurologista alerta sobre malefícios por não dormir com qualidade

Deitar no final do dia e desfrutar de uma boa noite de sono é restaurador e imprescindível para a saúde. No entanto, dormir sem qualidade, mesmo que a quantidade seja suficiente, pode acarretar diversos incômodos durante o dia. 

A médica neurologista Camila Batalha esteve no programa Pingo do J, da Rádio JM, e disse que o número de pessoas com distúrbios do sono aumentou consideravelmente após a pandemia. Se antes, cerca de 15% a 20% da população tinha algum problema na hora de dormir, agora este número está entre 40% e 50%. Ela explica que, durante a pandemia, as pessoas passaram a dormir mais tarde e durante mais tempo. Quando a rotina voltou ao normal, o ciclo circadiano já estava alterado.

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Os problemas acarretados pela falta de sono ou sono sem qualidade vão além de acordar cansado, com a sensação de corpo pesado e sonolência. De acordo com a neurologista, estudos indicam que pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm até três vezes mais chance de sofrer um AVC. “O nosso sono é que restaura as funções neurofisiológicas para evitar diabetes, resistência insulínica, tudo, né? Aumento de pressão, colesterol, triglicérides, depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade, tudo. Então, o sono é fundamental, nós precisamos desta conscientização”, ressalta. 

Cada pessoa possui sua necessidade de dormir e, conforme explica Camila, algumas se sentem restauradas com apenas quatro horas e meia diárias de sono. Contudo, esta não é a realidade da maioria das pessoas, que necessitam dormir entre sete e oito horas toda noite. E além de se atentar à quantidade de horas, é preciso estar atento à qualidade do sono. É importante que se faça a chamada higiene do sono antes de dormir, reduzindo as luzes, exposição a telas, cuidando para não ingerir cafeína e outros alimentos que possam atrapalhar o sono.