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Nova variante da Covid-19 é detectada no Brasil: oito casos são confirmados

Publicado em 08/07/2025 às 08:44
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O Ministério da Saúde confirmou a presença da nova variante do coronavírus, chamada XFG, no Brasil. Até o momento, foram registrados oito casos no país: seis no Ceará e dois em São Paulo. A confirmação foi divulgada na última sexta-feira (4/7) após análise de dados coletados entre os dias 25 e 31 de maio no estado cearense.

A variante XFG já foi identificada em 38 países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que a classificou como uma "variante sob monitoramento". A entidade ressalta que, embora tenha sido observado um aumento de casos em algumas regiões, o risco global à saúde pública permanece considerado baixo. Não há, até agora, registro de óbitos associados à XFG.

No Brasil, a Secretaria da Saúde do Ceará detectou um leve aumento nos índices de positividade para Covid-19 nas últimas semanas. Segundo boletim estadual, a taxa subiu de praticamente 0% no início de junho para cerca de 10% no fim do mês, com a maior parte dos novos casos concentrados na capital, Fortaleza. O secretário executivo de Vigilância em Saúde do estado, Antonio Silva Lima Neto, destacou que, embora o crescimento seja discreto, ainda é cedo para prever o comportamento da nova variante nas próximas semanas.

A variante XFG é resultado da combinação genética entre duas linhagens do vírus: LF.7 e LP.8.1.2 — esta última, já dominante em diversos países. Ambas descendem da cepa Ômicron. O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que a XFG ganhou espaço especialmente na Índia, onde se tornou dominante durante a primavera.

Croda alerta que a disseminação de uma nova variante geralmente está ligada à maior transmissibilidade ou à capacidade de escapar da resposta imunológica, mas não necessariamente à gravidade da doença. Os sintomas associados à XFG são semelhantes aos da Covid-19 tradicional, com relatos de dor de garganta, rouquidão e irritação, mas sem indícios de maior severidade ou aumento da mortalidade.

Apesar disso, especialistas destacam a importância da vacinação, principalmente entre os idosos, grupo com baixa adesão às doses atualizadas da vacina contra a Covid-19. O Ministério da Saúde reforçou, em nota, que a imunização segue sendo a principal estratégia de prevenção contra formas graves da doença. Em 2025, mais de 14,2 milhões de doses já foram distribuídas em todo o território nacional.

Atualmente, a influenza é o vírus respiratório que mais causa hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave no país. No entanto, autoridades sanitárias acompanham com atenção o avanço da XFG, alertando que o impacto de novas variantes pode variar conforme a cobertura vacinal e a imunidade coletiva da população brasileira.

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