O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse ontem (13) em entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNN, que teme que o número de mortes provocadas pelo terremoto que atingiu o país passe de 100 mil. As informações são da agência Lusa.
"É difícil estimar com precisão o número de vítimas, quantas construções desmoronaram com os habitantes no interior. Penso que são mais de 100 mil", disse.
O número equivale a mais de 1% do total da população do Haiti, calculada em cerca de 9 milhões de habitantes.
"Espero que isso não seja verdade, espero que muita gente tenha tido tempo de sair, mas tantos, tantos edifícios foram totalmente destruídos. Em alguns bairros não se vê ninguém, não sei para onde foram essas pessoas", acrescentou o primeiro-ministro.
De acordo com a Cruz Vermelha Internacional, 3 milhões de pessoas foram atingidas pelo terremoto. O tremor, de 7 graus na escala Richter, atingiu principalmente a capital haitiana, Porto Príncipe. O terremoto também foi sentido em Cuba, na Jamaica e nas Bahamas.
Vítimas. A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, pediatra Zilda Arns Neumman, é uma das vítimas brasileiras do terremoto. A informação é da líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), que esteve ontem no Palácio do Planalto e que acompanhou toda a movimentação do staff presidencial para o recolhimento de informações.
A médica viajou neste final de semana para encontro missionário em uma entidade chamada CIFOR.US e estava hospedada na sede episcopal. De acordo a assessoria de Zilda Arns, a coordenadora estava no Haiti para levar a metodologia de atendimento da Pastoral da Criança no combate à desnutrição.
O corpo da médica sanitarista deve ser transportado para o Brasil amanhã e será enterrado no Cemitério Água Verde, após vigília na sede da Pastoral da Criança na capital paranaense. Zilda Arns morreu no momento que concluía uma palestra para cerca de 150 pessoas numa igreja do Haiti.