PROJETO

O que é a licença menstrual, proposta aprovada pela Câmara dos Deputados

Projeto de Lei segue agora para análise do Senado antes de ser encaminhada para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O Tempo
Publicado em 29/10/2025 às 15:52
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A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1249/22, que garante às mulheres com sintomas graves durante o período menstrual o direito a uma licença de até dois dias consecutivos por mês. A votação ocorreu na terça-feira (28/10) e a proposta, que beneficiará trabalhadoras com carteira assinada, empregadas domésticas e estagiárias, seguirá agora para análise do Senado antes de ser encaminhada para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para obter o benefício, as trabalhadoras deverão apresentar laudo médico que comprove condições que impossibilitem temporariamente o exercício de suas funções. O Poder Executivo ficará responsável por estabelecer o prazo de validade deste documento, além de definir a forma de apresentação e a frequência de renovação.

Detalhes da proposta

A versão final do projeto foi relatada pela deputada, Professora Marcivania (PCdoB-AP), a partir da proposta original de autoria da deputada, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A iniciativa busca promover maior equidade no ambiente de trabalho e avançar na prevenção relacionada à saúde ocupacional das mulheres.

O texto aprovado pelos deputados considera as particularidades das diferentes atividades profissionais exercidas pelas mulheres. Esta abordagem visa garantir que a implementação da licença menstrual seja adequada às diversas realidades do mercado de trabalho, respeitando as especificidades de cada setor e função.

Segundo a justificativa do projeto, muitas mulheres comparecem ao trabalho mesmo apresentando quadros agudos de náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, febre, dor nos seios (mastalgia) e dor de cabeça, por receio de sofrerem descontos salariais ou até mesmo demissão. A proposta altera a CLT para incluir a licença menstrual entre as hipóteses de ausência justificadas, garantindo que o afastamento ocorra sem prejuízo no salário.

Outras medidas para saúde feminina

Na mesma sessão, a Câmara também aprovou um projeto que amplia o acesso a exames de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta, de autoria da deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ), obriga o governo federal a garantir, no mínimo, um mamógrafo em cada cidade com mais de 180 mil habitantes.

O texto prevê que gestores do SUS nos estados adotem medidas para estruturar as unidades de atendimento, capacitar profissionais e garantir o funcionamento dos equipamentos. A deputada justificou a iniciativa destacando que o câncer de mama é uma das principais causas de morte entre mulheres, mas que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.

Ambas as propostas foram votadas durante o mês do Outubro Rosa, campanha dedicada à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama.

Fonte: O Tempo

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