EM BRASÍLIA

O que se sabe sobre o ‘sumiço’ de Marcola; líder do PCC estaria perdendo noção da realidade

Defesa diz que criminoso, condenado a três séculos de prisão, corre o risco de desenvolver psicose

O Tempo
Publicado em 04/09/2024 às 08:18
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Marcola está preso desde 1999 (Foto/André Coelho/Folhapress)

O líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, vive dias de isolamento na cadeia e começa a não identificar o que é realidade. É o que denuncia uma petição de sua defesa, que cobra uma resposta sobre o isolamento do chefe da facção criminosa.

Marcola está privado de contato com outros detentos da Penitenciária Federal de Brasília (PFBra) desde março deste ano, segundo o documento, encaminhado ao juiz federal corregedor judicial da prisão. Há cerca de um mês, o isolamento teria ficado ainda mais intenso, com uma transferência sem motivação clara para a área de enfermaria da instituição.

Esse “sumiço” de Marcola leva a um risco de psicose no chefe do PCC, segundo a defesa. Em relatos colhidos por ela, a família afirma que, nas últimas visitas ao preso, ele demonstrou “oscilações na percepção da realidade”.

O documento foi divulgado originalmente pelo portal de notícias de Brasília “Metrópoles”. A reportagem questionou a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) sobre os planos sobre o isolamento de Marcola e aguarda retorno.

Quando Marcola foi preso?

Com 56 anos, Marcola está preso desde 1999, condenado a mais de 300 anos de prisão. Esta não é a primeira vez que ele fica isolado em suas mais de duas décadas de cárcere. O criminoso esteve várias vezes na solitária, em que passou 22 horas por dias sozinho na cela, sem direito a livros ou qualquer companhia. Marcola chegou à Penitenciária Federal de Brasília em 2022, transferido de Rondônia devido a um suposto plano de fuga. 

Marcola está envolvido em crimes desde a infância — seu apelido é referência ao hábito de cheirar cola na região da praça da Sé, em São Paulo. Sua ficha criminal inclui formação de quadrilha, tráfico de drogas, roubo a banco, roubo a mão armada e homicídios.

Fonte: O Tempo

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