Os partidos de oposição ao governo no Congresso Nacional – PSDB, DEM e PPS – protocolaram ontem mais uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com o argumento de que eles estariam fazendo campanha política fora do período permitido por lei, que é a partir de 5 de julho do ano que se realiza a eleição. Esta é a oitava representação protocolada no TSE pela oposição que tem rejeitado os pedidos. Na quarta-feira passada (5), o ministro auxiliar do TSE, Joelson Dias, julgou incoerente a representação proposta pelos partidos de oposição de que durante os discursos do presidente Lula na inauguração da Barragem Setúbal, em Jenipapo (MG), e do campus de Araçuaí (MG), ocorridas no dia 19 de janeiro deste ano. Desta vez o motivo é a propaganda no evento na cidade de Teófilo Otoni (MG), no último dia 9, durante a inauguração do Campus Avançado do Mucuri, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, o presidente Lula, ao lado da ministra Dilma, teria feito manifestações de campanha e de apoio a ministra, possível candidata do PT à Presidência da República. “Fácil perceber que os representados [Lula e Dilma] estão se utilizando do poder político que detêm e dos recursos públicos que gerenciam para a dispendiosa e bem montada estratégia de, antecipadamente, lançar a ministra Dilma Vana Rousseff com vantagem no certame eleitoral deste ano”, argumenta a representação dos partidos de oposição. Na representação, PSDB, DEM e PPS pedem a notificação dos representados para, querendo, apresentar defesa no prazo de 48 horas. Pedem, ainda, a condenação dos representados ao pagamento de multa no valor correspondente aos gastos do evento, entre outras coisas.