Um homem carrega uma criança chorando enquanto caminha em frente a um prédio destruído em um ataque aéreo israelense na Cidade de Gaza em 7 de outubro de 2023 (Foto/Mohammed ABED / AFP)
O Ministério da Saúde da Palestina afirmou, às 16h20 (10h20 no horário de Brasília) desta sábado (7), que havia 198 mortos e 1.610 feridos na Faixa de Gaza após a resposta de Israel aos ataques do grupo terrorista Hamas, iniciados poucas horas antes.
Pelo lado israelense, os números oficiais até o mesmo momento eram 40 mortos e 779 feridos. Mas autoridades e a mídia local diziam que poderiam subir substancialmente e que havia mais de 50 militares e civis sequestrados em Israel e levados para Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “em guerra” após o ataque surpresa do Hamas na manhã deste sábado (7). “Cidadãos de Israel, estamos em guerra – não numa operação, não em rondas – em guerra”, disse Netanyahu numa mensagem de vídeo.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, sustentou a posição de Netanyahu e disse que Israel “vencerá esta guerra” contra o Hamas, horas depois de o grupo lançar foguetes e enviar soldados para o território israelense.
“O Hamas cometeu um grave erro esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel. As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] estão lutando contra o inimigo em todos os locais. Apelo a todos os cidadãos de Israel para que sigam as instruções de segurança. O Estado de Israel vencerá esta guerra.”
Brasil condena ataques do Hamas a Israel
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil emitiu nota condenando os ataques do grupo terrorista Hamas no território de Israel, a partir da Faixa de Gaza. O governo brasileiro também expressou “condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”.
“Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, diz o texto oficial.
O Itamaraty ressaltou que não havia notícia de vítimas da comunidade brasileira em Israel e na Palestina até as 10h deste sábado (horário de Brasília).
O MRE também anunciou que o Brasil, que preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) até o fim de outubro, convocará reunião de emergência do órgão.
“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, diz o comunicado do Itamaraty.
Fonte: O Tempo