Em resposta à avaliação feita pela Defensoria Pública, médico responsável pelo atendimento de saúde na penitenciária revela que a unidade necessita de mais profissionais
Médico Luís Gustavo atende todos os dias entre 20 e 25 presos, o que corresponde a 25% dos detentos por mês
Em resposta à avaliação feita pela Defensoria Pública de Uberaba, médico responsável pelo atendimento de saúde na Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira revela que a unidade necessita de mais profissionais e medicamentos para continuar mantendo o serviço aos 1.060 detentos que atualmente cumprem pena na instituição.
De acordo com o diretor da penitenciária, Itamar da Silva Rodrigues Júnior, atualmente a instituição conta com um módulo especialmente destinado ao atendimento médico, psicológico, odontológico e assistência social aos internos. O médico da unidade prisional Luís Gustavo Fischer revela que o projeto da Defensoria Pública é positivo, mas esclarece que os três detentos citados na reportagem de ontem do Jornal da Manhã já foram encaminhados aos devidos atendimentos. “Por exemplo, o detento que diz ter uma bala alojada no pescoço já foi atendido por cirurgião plástico que contraindicou a retirada. Ele já havia sido atendido, chegou a ser internado para operar, mas fugiu do hospital e depois, quando ele voltou, não tinha mais como retirar essa bala. Já a detenta que reclamou de câncer no útero já fez o exame de papanicolau, já fez cauterização e agora só precisa fazer um novo exame para controle, que inclusive já estava marcado para hoje aqui, juntamente com cerca de 20 presas, pela Secretaria de Saúde. Ou seja, são casos grave, mas já estão em andamento”, frisa.
Luís Gustavo destaca que atende praticamente todos os dias entre 20 e 25 presos, o que corresponde a uma média de 300 por mês, ou seja, 25% dos detentos passam por atendimento regular. Além disso, em 2009, a penitenciária possuía pouco mais de 700 presos, hoje o número já chega a 1.060 e faltam médicos para atender todos a contento. “Temos muito problema com falta de medicação. Se temos um detento doente e não tem remédio, acabo trazendo de fora. Nossa sorte é o apoio da Prefeitura, pois quando precisamos de um exame de imagem, ligo na Secretaria de Saúde e conseguimos. Para os pacientes com HIV e hepatite C, que são vários, o CTA permite que os profissionais venham até nós para atender. Agora vamos fazer campanha de HIV, os kits já chegaram e já dosei PSA (para câncer de próstata) de todos os presos acima de 40 anos. Então é importante que as pessoas saibam também desse lado, do que fazemos aqui dentro”, completa o médico da unidade.