Técnicos da Polícia Federal estão no local para coleta de evidências
Perícia vai subsidiar investigações sobre às causas do acidente (Foto/Videopress Produtora)
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira (7) os trabalhos de perícia para a coleta de evidências, que vão auxiliar na investigação das causas do acidente envolvendo uma aeronave da corporação, no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Dois agentes morreram e um mecânico ficou gravemente ferido com a queda do avião, modelo Cessna Grand Caravan 208B.
A aeronave decolou por volta de 14h15 de quarta-feira (6), perdeu altitude com poucos minutos de vôo, retornou à pista e colidiu com o chão. Na sequência, o avião pegou fogo, matando os dois agentes carbonizados. O Tenente Henrique Barcellos do Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência, explica que a corporação segue de sobreaviso nesta manhã para auxiliar no trabalho técnico.
"Temos uma academia bem próxima ao aeroporto, tão logo fomos acionados, viemos aqui prestar o atendimento. Primeiro, realizamos o socorro às vítimas, o mecânico que foi socorrido com vida, encaminhado a unidade de saúde, além de combate às chamas e isolamento do local", disse.
Nesta manhã, o aeroporto está liberado para voo. "Como a queda foi na cabeceira, longe da pista, então, neste momento, não há impedimento para o fundamento", completou.
Acidente
Dois comandantes de aeronaves da Polícia Federal (PF) morreram carbonizados na queda de um avião na tarde desta quarta-feira (6 de março), no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Um mecânico de uma empresa terceirizada foi socorrido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Segundo a assessoria de imprensa da PF, ele chegou à unidade de saúde “lúcido e orientado”.
Os pilotos José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Irber são de Brasília. Por meio de nota, a corporação decretou luto de três dias e se solidarizou com os familiares das vítimas. Além disso, a PF informou que “já iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente envolvendo a aeronave Cessna Grand Caravan 208B”. O aeroporto ficou fechado por alguns minutos. O avião que levou o governador Romeu Zema (Novo) para Brasília, onde o político se encontrou com o presidente Luiz Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (6 de março), atrasou cerca de 30 minutos para decolar. Depois, conforme a assessoria do aeródromo, a situação foi normalizada, já que o acidente não ocorreu na pista.
A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou, na tarde desta quarta-feira (6 de março), as apurações no local. A perícia foi realizada. Imagens de câmeras de segurança do aeroporto mostram o momento em que a aeronave decola e começa a perder altitude. O piloto tenta retornar para a pista, mas não consegue, e o avião cai nas proximidades da barragem da Pampulha. Conforme especialistas ouvidos pela reportagem, a suspeita é que um problema mecânico tenha causado a perda de potência da aeronave – a falha pode estar relacionada ao motor.
Nos últimos dois dias, registros da aeronave indicam que ela teria feito dois voos curtos, na terça-feira (5 de março) e na segunda-feira (4 de março). Eles tiveram duração de cerca de 30 minutos, em uma manutenção e testagem de voo.