PERIGO

Planta proibida em Uberaba expõe perigo invisível nos jardins de São Paulo

Publicado em 05/05/2025 às 14:56
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Apesar dos riscos, a Cycas revoluta continua sendo comercializada livremente na internet e cultivada em espaços públicos da capital paulista (Foto/Reprodução)

Apesar dos riscos, a Cycas revoluta continua sendo comercializada livremente na internet e cultivada em espaços públicos da capital paulista (Foto/Reprodução)

A morte do cão labrador Pudim, de 9 anos, após ingerir partes da planta Cycas revoluta, reacendeu um alerta sobre os riscos do uso ornamental dessa espécie altamente tóxica. A planta, também conhecida como palmeira-sagu, é amplamente encontrada em áreas verdes de São Paulo, apesar de sua toxicidade ser bem documentada por especialistas. Cidades como Uberaba e Rio de Janeiro (RJ) já proibiram por lei seu cultivo, mas na capital paulista ela segue presente em jardins públicos e privados.

Pudim teve contato com a planta em um jardim aberto da Vila Madalena, zona oeste da cidade, e morreu após cinco dias internado com falência hepática — quadro típico da intoxicação causada pela Cycas revoluta. A planta é considerada extremamente perigosa para animais e humanos, especialmente por conter toxinas concentradas nas sementes e folhas jovens. O caso gerou comoção nas redes sociais e trouxe à tona a falta de regulamentação específica sobre espécies ornamentais com potencial tóxico em São Paulo.

Apesar dos riscos, a Cycas revoluta continua sendo comercializada livremente na internet e cultivada em espaços públicos da capital paulista, incluindo locais próximos a escolas, praças, condomínios e estabelecimentos pet friendly. O preço da planta varia entre R$ 40 e R$ 330, o que reforça seu apelo decorativo entre paisagistas e consumidores desavisados.

Entre 2003 e 2022, a cidade chegou a ter uma proibição sobre o uso de plantas tóxicas em áreas públicas. No entanto, a medida foi revogada pela gestão atual com base em parecer da Procuradoria Geral do Município, sob a justificativa de que uma nova legislação sobre arborização urbana, sancionada em 2011, tornou a anterior obsoleta. Essa nova lei, no entanto, não trata especificamente da toxicidade de espécies vegetais.

Em nota, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirmou que os viveiros municipais não cultivam a Cycas revoluta e que priorizam o plantio de espécies nativas. A pasta também recomendou cautela no uso de plantas tóxicas, especialmente em áreas frequentadas por crianças e animais. Ainda assim, a espécie pode ser vista em diversos pontos da cidade, como o Parque do Carmo, Praça Pereira Leite, Praça da Paz e até mesmo no Parque Ibirapuera.

O caso levanta questionamentos sobre a responsabilidade das autoridades municipais na gestão da segurança das áreas verdes, e sobre a necessidade de atualização das leis que regem o paisagismo urbano. Enquanto isso, a presença da Cycas revoluta segue colocando em risco a vida de animais de estimação e pessoas, sem que haja qualquer tipo de alerta visível ou controle sobre seu cultivo.

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