Os três pré-candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto apresentaram ontem
Os três pré-candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto apresentaram ontem, durante encontro na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), suas principais propostas de governo.
A CNI, que realiza esse tipo de encontro desde 1998, propôs aos pré-candidatos Dilma Rousseff, do PT, José Serra, do PSDB, e Marina Silva, do PV, uma discussão em torno do documento “A Indústria e o Brasil – Uma Agenda para o Crescimento”, no qual expõe as perspectivas do setor para os próximos anos.
Primeira a falar, Dilma disse que, se for eleita, cortará gastos com custeio, mas com critério, para não inviabilizar os investimentos, e que dará prioridade à reforma tributária. Ela informou ainda que criará um ministério específico para as micro, pequenas e médias empresas.
Serra prometeu ampliar os acordos de livre comércio e apontou o planejamento e a qualidade de gestão como formas eficazes de desenvolvimento. Para ele, os investimentos precisam ter sequência e ser ordenados por prioridade. O ex-governador anunciou também que acabará com a cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre investimentos na área de saneamento.
Marina disse que não será adepta de aventuras na economia, que não mudará as políticas cambial e fiscal e que respeitará a autonomia do Banco Central. Defendeu medidas alternativas ao aumento dos juros para conter a inflação e prometeu reduzir os gastos públicos.
No debate, os representantes do setor reclamaram da valorização do real, das altas taxas tributárias e do alto custo do crédito e defenderam urgência para a reforma política.