ACIDENTE AÉREO

Presidente da Voepass diz que segue 'práticas internacionais de segurança' em 1ª fala após acidente

A fala ocorreu após denúncias de ex-funcionários e passageiros que viajaram em aeronaves da empresa e relataram problemas

O Tempo/Simon Nascimento
Publicado em 14/08/2024 às 08:48
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Presidente da Voepass falou pela primeira vez após a tragédia (Foto/Reprodução)

Na primeira aparição pública após a queda do avião na última sexta-feira (9), o presidente da Voepass, José Luiz Felício Filho, afirmou que a empresa adota “as melhores práticas internacionais” para garantir a segurança durante os voos operados pela companhia. A fala ocorreu após denúncias de ex-funcionários e queixas de passageiros que viajaram em aeronaves da empresa e relataram problemas.

O acidente na sexta-feira matou 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. Nesta terça-feira, José Luiz Felício prestou solidariedade às famílias e amigos das vítimas. “Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas. Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam nosso efetivo apoio neste momento”, disse em vídeo divulgado à imprensa. 

Em sua fala, o presidente da companhia, que é piloto há 30 anos, diz ser o comandante mais antigo da empresa. Ele assumiu o comando da Voepass em 2004. “Sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, enfatizou no vídeo. 

Por fim, Felício reiterou que a Voepass está disponibilizando assistência multidisciplinar aos familiares. O apoio leva em consideração o custeio de transporte, hospedagem e alimentação das famílias que foram para São Paulo, além de apoio psicológico e médico. 

“Eu e minha equipe estamos realizando reuniões diárias com os familiares e criamos também um canal exclusivo de comunicação para que todos tenham acesso de forma correta e transparente e objetiva a qualquer momento”, finalizou.

Primeiras urnas liberadas 

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, na tarde desta terça-feira (13), que realizou o transporte de três urnas funerárias das vítimas do acidente com o avião da Voepass. “Os destinos serão os aeroportos de Cascavel (PR), onde duas urnas serão desembarcadas e a outra, em Pelotas (RS)”, explicou a FAB. 

O acidente 

O voo 2283 da Voepass caiu na sexta durante viagem de Cascavel (PR) a Guarulhos (Grande São Paulo), na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Imagens feitas por moradores mostram o avião em queda livre e, na sequência, uma explosão seguida por muita fumaça.

A queda matou os 58 passageiros e os quatro tripulantes que estavam a bordo. A aeronave, que decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo.

Segundo a Força Aérea Brasileira, o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência ou reportado estar sob condições meteorológicas adversas.

Nas primeiras horas após o acidente, especialistas em aviação ouvidos pela reportagem levantaram duas hipóteses principais para o caso com base nos primeiros detalhes, ressaltando ser cedo para determinar as causas. A caixa-preta do avião foi recuperada e os gravadores de voz que podem ajudar a elucidar as causas do acidente já foram acessados. 

Fonte: O Tempo

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