Sind-UTE/BH definiu em assembleia greve para os professores estaduais nos dias 13 e 14 de março (Foto/Reprodução)
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) deliberou, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (22/2) no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, pela paralisação dos professores da rede estadual nos dias 13 e 14 de março. Essa decisão visa a pressionar o governador Romeu Zema (Novo) a atender diversas demandas, incluindo a adoção do piso nacional da categoria.
Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, expressou forte descontentamento com a situação salarial dos educadores mineiros, afirmando: "É uma vergonha o salário praticado aos trabalhadores da educação neste estado e o governo Zema deve a Educação".
Em janeiro, houve um reajuste de 12,84% no salário dos professores mineiros, totalizando R$ 2.652,22 para uma carga horária de 24 horas semanais. Entretanto, no mesmo período, o Ministério da Educação estabeleceu um novo piso salarial, aumentando-o para R$ 4.580,57, enquanto antes era de R$ 4.420,55.
Além da questão salarial, os professores estaduais também estão demandando a divisão do saldo do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) de dezembro de 2023 com a categoria, medida que já foi aprovada pela ALMG.
Outro ponto de tensão é o veto do governador Zema a um texto que permitiria a extensão do atendimento médico do Ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais) para aqueles que se aposentaram pelo regime geral da previdência. Romano destacou a situação de trabalhadoras idosas que continuam na ativa devido à necessidade de tratamento contra o câncer fornecido pelo Ipsemg.
O veto ainda está sujeito à revogação pelos deputados estaduais. A paralisação prevista para o dia 14, de acordo com o Sind-UTE/MG, tem o intuito de abrir espaço para negociações com os representantes políticos visando a reversão dessa decisão.